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Acusado pelo assassinato de Anielle Teixeira vai a júri popular
25/02/2022 / 10:28
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Acusado pelo assassinato de Anielle Teixeira, José Alex da Silva irá a júri popular, anunciaram nesta quinta-feira (24) os advogados de defesa Daniel Alisson e Kizzy Maria, que vão recorrer da decisão. A data do julgamento, entretanto, ainda não foi definida.

A garota de 11 anos desapareceu no dia 5 de setembro de 2021, na orla de Cabo Branco, em João Pessoa, e foi encontrada morta três dias depois, na madrugada do dia 8 em uma mata no bairro de Miramar. Como envolve uma criança, o processo segue sendo analisado em segredo de justiça.

José Alex foi preso no dia 8 de setembro do ano passado, em Pernambuco, para onde fugiu após o crime, sendo transferido de volta para a Paraíba logo em seguida. Na época, ele confessou o crime de feminicídio, mas negou que houvesse estuprado a criança. Após o fato, segundo a defesa, o homem alegou ter sido agredido para confessar o crime. Conforme informações da Polícia Civil, o corpo da menina foi encontrado apenas com a blusa.

Anielle Teixeira foi encontrada morta após três do desaparecimento, em João Pessoa – Foto: Reprodução

Responsável pela necropsia, o Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC-PB) informou que o estado de decomposição em que o corpo da vítima foi encontrado prejudicou a realização dos exames e que “não foi encontrado material biológico suficiente em quantidade e qualidade para levantamento de perfil genético” que pudesse comprovar o estupro. Para a delegada Luisa Correia, no entanto, o resultado isolado não atesta ou contesta a suspeita de abuso sexual e é necessário considerar todo o contexto da situação.

Luisa diz ainda que a ocultação do corpo da criança é um dos agravantes que pode ter dificultado as análises durante a produção. Ela destacou as filmagens que mostram o suspeito entrando na mata onde Anielle foi encontrada e saindo do local sozinho.

José Alex foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado, após a conclusão do inquérito policial do caso, ainda em setembro. Cerca de 10 dias depois, após o recebimento de um laudo feito pela perícia criminal, foi indiciado novamente por estupro de vulnerável.