A Corregedoria da Polícia Militar na Paraíba abriu um inquérito para investigar um PM que, na madrugada do último sábado (10), atirou contra um jovem de 26 anos que estava em uma praça no bairro do Geisel, em João Pessoa. De acordo com o corregedor da Polícia Militar no Estado, coronel Severino do Ramo Gerônimo, a corregedoria irá pedir o afastamento do PM, que estava à paisana no momento dos disparos. O jovem atingido segue internado em estado estável.

“Nós vamos reunir o relatório da Corregedoria, da guarnição que estava de serviço e o relatório do CPU do 5º Batalhão, e vamos encaminhar ao corregedor-geral, tendo em vista que o sargento, ele tira serviço do Ciop e o Ciop é vinculado à Secretaria de Segurança Pública”, afirmou o coronel Gerônimo em entrevista à TV Cabo Branco nesta segunda-feira (12).

Uma sindicância também será instaurada pelo comando do 5º Batalhão da Polícia Militar para apurar a conduta de dois policiais que estavam durante a ocorrência e não prenderam o PM.

“Eles disseram que chegaram ao local para averiguar uma acusação do próprio sargento de que havia lá na praça várias pessoas com som alto, usando drogas e bebidas alcoólicas. A guarnição foi tentar pedir pro pessoal ir embora e acabou nisso”, afirmou o corregedor.

O policial acusado de efetuar os tiros atua no Centro Integrado de Operações da Paraíba (CIOP-PB) há mais de 30 anos. Ele se apresentou na tarde do sábado, na Central de Polícia Civil de João Pessoa, prestou depoimento e foi liberado para responder em liberdade. O PM reside em frente à praça onde a confusão aconteceu. Ele teria denunciado uma aglomeração por volta das 1h30.

Segundo a Polícia Militar, a vítima teria xingado e provocado o policial, que saiu de casa para receber a viatura que chegou ao local.

“A apuração vai nos dizer qual o comportamento de cada um, onde eles se enquadram no nosso regulamento disciplinar da Polícia Militar, assim como os crimes por eles praticados”, completou o corregedor, coronel Severino do Ramo Gerônimo.

Em relação ao jovem baleado, Gerônimo afirma que a corregedoria irá acompanhar a recuperação da vítima. “Temos obrigação de fazer esse acompanhamento da vítima, até pros resultados da nossa apuração”, acrescentou.