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SENHA COMPARTILHADA: 1 em cada 10 usa conta da Netflix de outra casa
22/04/2022 / 19:33
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Mais de 28 milhões não assinam a Netflix, mas usam a senha de alguém que não mora na mesma casa para acessar o serviço, estima a Morning Consult. Isso representa cerca de 1 a cada 10 pessoas que usam o serviço de streaming.

É possível que esse número seja ainda maior, já que a pesquisa foi feita com mais de 2.000 adultos norte-americanos de 15 a 17 de abril. A própria Netflix estima esse número em 100 milhões.

E a empresa norte-americana já deixou claro que não está nada feliz com essa “farra” das senhas e que colocará em prática novas medidas para reprimir o compartilhamento de senhas por usuários que não vivem na mesma casa.

No ano passado, alguns usuários receberam uma tela em seus aplicativos pedindo que digitassem um código de verificação enviado para o e-mail cadastrado, ou, caso não fossem os donos da conta, que comprassem uma. Na época, a Netflix informou que estava testando a funcionalidade, mas não ela ainda não entraria em ação.

Agora, o serviço de streaming decidiu dar mais um passo para fazer cumprir seus termos de serviço, que veda o compartilhamento para pessoas de casas diferentes. A empresa irá realizar um teste no Chile, Costa Rica e Peru, dando a opção ao titular da conta de pagar uma taxa extra para que usuários de fora de sua casa possam assistir programas e filmes em sua conta.

Nos países que entrará em efeito, o preço do adicional de compartilhamento tem ficado por volta de um terço do custo do plano mais básico da Netflix. No Peru, o plano básico sai a 24,9 PEN, enquanto a taxa extra sairá por 7.9 PEN. Na Costa Rica o plano mais barato custa $8.99 USD, enquanto o adicional extra ficará $2.99 USD. Por fim, no Chile, o plano simples custa 5940 CLP, já o extra terá um custo de 2380 CLP.

Baixa de assinantes

Pela primeira vez em uma década, o relatório trimestral da Netflix mostrou que a plataforma encolheu, perdendo 200 mil assinantes. Isso acionou um alerta nos acionistas e investidores da empresa, que viram as ações da companhia evaporarem nada menos que R$ 249 bilhões (US$ 54 bilhões).

O tombo das ações representou a maior perda diária da empresa em mais de uma década, segundo a agência Reuters. Segundo a Netflix, um dos principais motivos pelo qual o serviço de streaming não foi capaz de atingir a meta foi a suspensão de suas atividades da Rússia como forma de boicote à invasão na Ucrânia. A companhia teria perdido cerca de 2 milhões de assinantes somente com esta ação.

Para tentar recuperar os usuários que perdeu e se livrar de uma possível crise, a empresa já anunciou que estuda a possibilidade de lançar um plano mais barato, porém com a inclusão de anúncios. Reed Hastings, cofundador e co-CEO da empresa, disse que a Netflix está “bastante aberta a oferecer preços ainda mais baixos com publicidade, como uma escolha do consumidor”.

Cerca de 1 em cada 10 adultos disse que não assina a Netflix, mas usa a senha de alguém que não mora na mesma casa para acessar o serviço de streaming, de acordo com uma pesquisa da Morning Consult divulgada ontem (20), dias depois que foi anunciado que a empresa perdeu 200 mil assinantes este ano, na primeira queda de assinantes em uma década.