"O Talibã não mudou a mentalidade da idade das trevas", afirma o escritor e ativista afegão Nemat Sadat. "Mesmo que não recorram aos linchamentos públicos que realizavam nos anos 1990, poderão prender pessoas LGBT+ ou matá-las. E ninguém ficará sabendo." Sadat falou ao jornal Folha de S.Paulo por videochamada de San Diego, nos EUA, país ao qual chegou como refugiado -mais tarde, naturalizou-se americano. Ainda criança, saiu do Afeganistão no contexto do conflito soviético-afegão (1979-1989), já que a família da mãe dele, ligada à aristocracia pashtun, foi perseguida pelos comunistas. "Vivi a guerra fria dentro de casa", afirma Sadat. O escritor voltou ao país natal em 2012, onde iniciou o ativismo em prol dos direitos LGBTQIA+. Perseguido, teve de deixar o Afeganistão no ano seguinte. Desde que o Talibã retomou o controle de Cabul, no último domingo (15), Sadat vem articulando uma operação para tentar retirar pessoas LGBT+ do país. O afegão é autor de "The Carpet Weaver" (o tapeceiro), lançado na Índia em 2019. O livro conta a história de um jovem gay de origem muçulmana que descobre sua identidade no Afeganistão dos anos 1970.
Os talibãs rejeitaram hoje (27) um pedido do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para reverter as restrições impostas às mulheres afegãs,...
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