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Terceiro suspeito é preso e assume participação na morte de Dom e Bruno; ‘há mais gente envolvida’, diz o suspeito
18/06/2022 / 17:12
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Após exames realizados em Brasília, a Polícia Federal revelou indícios já levantados sobre a causa das mortes, que irão ajudar a solucionar a dinâmica do crime. De acordo com os peritos, Dom Phillips foi atingido por pelo menos um tiro na região abdominal e torácica. A munição utilizada é típica de armas de caça.

A morte de Bruno Pereira foi causada por três tiros, também com munição típica de caça. Ele foi vítima de um disparo na cabeça e dois na região do tórax e abdômen.

Restos mortais encontrados são de Bruno e Dom, conclui PF
Exames realizados no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, confirmaram que “remanescentes humanos” encontrados em área isolada apontada por suspeito pelo crime são do indigenista Bruno Pereira.

Os peritos conseguiram fazer a identificação por meio de exame da arcada dentária. Ontem, os restos mortais de Dom Phillips foram identificados da mesma maneira.

Terceiro suspeito é preso
O terceiro suspeito pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips se entregou na delegacia de Atalaia do Norte, no Amazonas. Jeferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, ou Peladinho, tinha um mandado de prisão em aberto pela participação nos crimes.

Ele confessou seu envolvimento com os assassinatos, mas negou ter atirado contra as vítimas. O GLOBO apurou que Jeferson disse aos investigadores ao chegar à delegacia que “tem mais gente na comunidade envolvida”.

Foto: Divulgação

Univaja critica ‘desfecho’ do caso pela PF e discorda sobre não haver mandante do crime

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari rebateu a nota da PF sobre não haver mandante por trás da morte de Bruno Pereira e de Dom Phillips. “O requinte de crueldade utilizados na prática do crime evidenciam que eles estavam no caminho de uma poderosa organização criminosa que tentou à todo custo ocultar seus rastros durante a investigação”, destacou a Univaja. Segundo a entidade, o grupo de caçadores e pescadores profissionais, envolvido no assassinato de Pereira e Phillips, foi descrito em documentos enviados ao MPF, à Funai e à PF. “A PF desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela UNIVAJA em inúmeros ofícios. Tais documentos apontam a existência de um grupo criminoso organizado atuando nas invasões constantes à Terra Indígena Vale do Javari”, disse a entidade em nota.

PF diz que suspeitos agiram sozinhos sem ‘mandante ou organização criminosa’
A Polícia Federal afirmou em nota divulgada nesta sexta-feira que os suspeitos de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips agiram sozinhos, sem ‘mandante nem organização criminosa por trás do delito’, segundo indicam as investigações. A PF diz também, no entanto, que mais prisões devem acontecer, dado existirem indícios da participação de outras pessoas no crime.

F5 Online com Informações de O Globo