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100 dias sem respostas: marido cobra justiça após morte de mulher e filho no Isea
03/07/2025 / 10:15 / Matheus Melo
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Morte de Maria Danielle e Davi Elô no Isea segue sem explicações 100 dias depois, denuncia marido Jorge Elô – Foto: Reprodução/Instagram/@jorge.elo

Cem dias após a morte de Maria Danielle, que faleceu após perder o bebê e o útero durante o parto no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), o marido Jorge Elô segue sem respostas oficiais e cobra explicações da Prefeitura de Campina Grande. A investigação interna foi concluída, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, mas o resultado ainda não foi divulgado ao público e aguarda parecer do Ministério Público da Paraíba (MPPB).

Jorge denuncia a falta de transparência e afirma que só soube pela imprensa da conclusão da sindicância. “Essa demora, além de desrespeitosa, agrava ainda mais a dor da minha família”, declarou. Ele também suspeita que a administração inadequada de um medicamento intravenoso para induzir o parto provocou a ruptura uterina que causou a morte da esposa e do filho, Davi Elô.

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Segundo ele, o remédio foi administrado pelo mesmo médico que acompanhava o pré-natal da esposa, de forma imprudente e sem monitoramento adequado. A equipe de enfermagem também teria aumentado a dose sem consultar o médico.

A Prefeitura alegou que a coletiva de imprensa realizada no dia do sepultamento, onde o prefeito Bruno Cunha Lima revelou detalhes do histórico clínico da paciente, não teve a intenção de criminalizá-la. Jorge, no entanto, considera a exposição “inadmissível” e desrespeitosa. “Perdi minha companheira, meu filho recém-nascido e todo um projeto de vida”, lamentou.

O caso está sob investigação do MPPB e da Polícia Civil. A prefeitura informou que o prefeito solicitou formalmente que os órgãos apurassem o ocorrido. A Polícia Civil ainda não divulgou conclusões sobre o inquérito, que apura suspeita de negligência médica.