São Paulo 10/9/2021 –

Investimento em um sistema antifraude deve estar no radar dos empreendedores

De acordo com o relatório “Future Shopper Report 2021”, realizado pela Wunderman Thompson em conjunto com a Enext, apesar da reabertura das lojas físicas estar próxima, 72% dos consumidores têm a intenção de prosseguir com as compras on-line. O estudo ainda mostrou que 73% dos entrevistados indicaram que o e-commerce está sendo ainda mais essencial para eles em 2021.

A intenção de compra no comércio eletrônico segue alta no país de forma histórica. “Mesmo com o mercado físico varejista aquecendo novamente, esses números continuam bastante sólidos. Antes da pandemia, o percentual estava na casa de 42% das intenções de compras no mercado on-line. No pico da crise sanitária, esse número chegou a 64% e hoje o índice é de 55%. Ou seja, são 13 pontos percentuais de aumento na intenção de compra virtual em comparação ao momento pré-pandêmico. É uma elevação muito maior do que a média encontrada na América Latina, bem como na Europa e até na própria Ásia, onde o mercado atualmente é bem mais maduro”, conta Gabriel Lima, CEO da Enext.

A pesquisa apontou que o impacto do e-commerce brasileiro é muito mais alto se analisado com outros países, como Colômbia, Argentina e México. “Isso evidencia o Brasil como um mercado mais maduro após a pandemia. Assim, podemos crer que as estratégias brasileiras estão começando a ficar mais alinhadas com nações que já possuem o comércio eletrônico como um canal consolidado, como Reino Unido, Estados Unidos e China”, analisa Lima.

Os consumidores mais conservadores também mudam os seus hábitos. A pesquisa confirma que 54% dos consumidores com idades acima dos 55 anos veem o e-commerce como um resolvedor de problemas durante a pandemia da Covid-19, levando em consideração o maior número de pessoas que se mantiveram em isolamento social. Além disso, 51% dos consumidores desse mesmo grupo irão prosseguir com as compras on-line neste ano, apesar do retorno completo da economia global.
Canais mais buscados

Os dados da pesquisa também trouxeram informações sobre os canais mais procurados pelos consumidores no momento de compra. Em território nacional, os consumidores usam os sites de busca tradicionais, como o Google, mas também é possível enxergar o Mercado Livre na lista, além de outros marketplaces. De acordo com o CEO, “as pessoas começam a buscar diretamente os produtos que querem comprar e usam o canal mais relevante que as direciona para compra. Esse hábito também está muito mais próximo de mercados mais maduros, em que os principais mecanismos de pesquisas acabam sendo os próprios marketplaces”.

O executivo da Enext mostra também que a informação é muito importante para as pessoas que trabalham com Marketing Digital e e-commerce, já que permite a consolidação de novas estratégias de ativação e aquisição. “Não podemos deixar de citar que o estudo atua em diversas categorias e mapeia o comportamento desses consumidores por país, região e canais. Com esses insights é possível ter uma comparação do que está ocorrendo no exterior e trabalhar eventuais gaps existentes em canais digitais no Brasil.” Além disso, é importante ressaltar que, para os profissionais que trabalham com e-commerce, é importante traçar estratégias também para uma possível fraude, pensando, por exemplo, no investimento em um sistema antifraude para evitar possíveis problemas.

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