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3ª guerra mundial seria nuclear e destrutiva, diz ministro russo
02/03/2022 / 11:56
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira (2) que, caso aconteça uma terceira guerra mundial, armas nucleares seriam usadas e seriam destrutivas, de acordo com a agência de notícias RIA. Lavrov disse que a Rússia, que lançou uma operação militar especial contra a Ucrânia na semana passada, enfrentaria um “perigo real” se Kiev adquirisse armas nucleares.

Na terça-feira (1º), a Rússia exigiu que os Estados Unidos retirem suas armas nucleares de países da Europa. De acordo com a RIA, Lavrov disse que “já é hora das armas americanas voltarem para casa”. “É inaceitável para a Rússia que alguns países europeus sediem armas nucleares americanas”, acrescentou.

Ele também disse que o país está pronto para trabalhar com os EUA em uma “estabilidade estratégica”. Em discurso gravado exibido na Conferência sobre Desarmamento em Genebra, na Suíça, o chanceler da Rússia declarou que o Ocidente não deve construir instalações militares em ex-repúblicas soviéticas.

Possíveis negociações

O Kremlin disse que as autoridades russas estão prontas para realizar uma segunda rodada de negociações com a Ucrânia nesta quarta-feira, mas não está claro se as autoridades ucranianas aparecerão. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que havia informações contraditórias sobre as negociações.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na terça-feira (1º) que a Rússia devia parar o bombardeio de cidades ucranianas antes que as negociações pudessem ocorrer.

“Primeiro podemos tentar prever se os negociadores ucranianos aparecerão ou não. Vamos torcer para que isso aconteça. Nossos [negociadores] estarão lá e prontos”, disse Peskov a repórteres.

Peskov também disse que Moscou precisa formular uma resposta dura, ponderada e clara contra as medidas impostas aos países ocidentais para minar a economia russa.

O porta-voz russo disse que a economia da Rússia está passando por um sério golpe, mas que é sólida e que o país tem experiência em superar crises. O primeiro encontro, na segunda-feira (28), foi encerrado sem acordo sobre um possível cessar-fogo para a guerra, que já persiste há sete dias.

O assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, informou a repórteres após a primeira reunião que os representantes retornariam às suas respectivas capitais antes de uma segunda rodada de negociações.

“As delegações ucranianas e russas realizaram a primeira rodada de negociações. Seu objetivo principal era discutir o cessar-fogo e o fim das ações de combate no território da Ucrânia”, disse Podolyak.

“As partes determinaram os tópicos onde certas decisões foram mapeadas. Para que essas decisões sejam implementadas como um roteiro, as partes estão retornando para consultas às suas capitais”, acrescentou.

“As partes discutiram a realização de mais uma rodada de negociações onde essas decisões podem ser desenvolvidas”, concluiu o assessor.

Com informações da Reuters e CNN