O Brasil é o quinto país em incidência do diabetes, com 16,8 milhões de adultos doentes, ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A Sociedade Brasileira de Diabetes estima que mais de 46% da população não sabe que tem a doença. Alimentação inadequada e alto consumo de açúcar, além de fatores genéticos estão entre os indicadores para desenvolver o diabetes.
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No Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, a nutricionista da Hapvida NotreDame Intermédica, Luciana Matoso, alerta sobre os riscos do consumo excessivo de açúcar e a importância de uma alimentação equilibrada na prevenção de doenças crônicas. Ela destaca que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão diária de açúcar não ultrapasse 25g, com um limite máximo de 50g.
“A ingestão elevada de açúcar está ligada ao aumento da obesidade infantil e pode aumentar o risco de diabetes tipo 2. Esse consumo não afeta apenas a saúde física, mas também impacta funções cognitivas essenciais, como a memória, a concentração e até o sono”, destaca Luciana Matoso, nutricionista da Hapvida NotreDame Intermédica. A longo prazo, o hábito sobrecarrega o organismo, gerando problemas metabólicos que comprometem o bom funcionamento do corpo.
O Diabetes Tipo 2 ocorre quando o corpo não utiliza a insulina de forma eficaz, levando ao aumento da glicose no sangue. Está frequentemente associado a maus hábitos alimentares e obesidade. Se não tratado, pode causar complicações graves, como doenças cardíacas, danos nos rins e visão, entre outros problemas. A prevenção começa com o controle da alimentação, especialmente a redução do consumo de açúcar.
Para diminuir os riscos associados ao consumo excessivo de açúcar, a nutricionista Luciana sugere pequenas mudanças graduais na dieta, sem a necessidade de restrições rigorosas, que muitas vezes dificultam a adaptação. “A restrição total pode ser contraproducente, pois impacta na adesão à nova educação nutricional que o indivíduo está desenvolvendo”, explica.
A nutricionista recomenda ainda a redução gradual da quantidade de açúcar, permitindo que o paladar se acostume aos poucos ao sabor menos doce. No processo, é importante comer conscientemente, como no caso de um pedaço de chocolate, saboreando lentamente para evitar exageros. Outras estratégias incluem substituir sobremesas açucaradas por frutas naturalmente doces, preparar lanches protéicos ou optar por frutas assadas com canela. Além disso, é fundamental evitar ter grandes quantidades de alimentos com açúcar em casa, para prevenir o consumo impulsivo quando surgir o desejo de algo doce.
A nutricionista ainda faz um alerta sobre a influência das fake news em relação ao consumo de açúcar e à prevenção de doenças. “Há muitas informações falsas que circulam nas redes sociais, sugerindo que determinados alimentos ou bebidas podem curar ou prevenir a diabetes. Essas informações enganosas podem atrapalhar o tratamento e a prevenção, levando pessoas a negligenciarem cuidados básicos, como o controle da alimentação”, enfatiza Luciana.
Embora o açúcar faça parte da rotina, é importante ter um consumo consciente para evitar o desenvolvimento do diabetes tipo 2. O diagnóstico precoce da doença, por meio de exames como glicemia de jejum, é essencial para prevenir complicações graves e melhorar a qualidade de vida.