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A política quente antecipa as eleições?
12/06/2023 / 14:19
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Diferente de outros períodos recentes da nossa história política,
partidos e pré-candidatos buscam antecipar as ações,
em especial pela necessidade de profissionalização
da Comunicação e do Marketing

João Henrique Faria*

 

No artigo anterior,https://blog.alcateiapolitica.com.br/quando-as-coisas-comecam-esquentar/, mostramos como os partidos tendem a se movimentar, a partir das ações de natureza política e jurídica que já começam a gerar uma expectativa de transformação do quadro eleitoral para 2026, porém já ganhando contornos nas eleições municipais de 2024, em especial nas capitais e cidades com maior densidade eleitoral.

Tais transformações terão como atores não apenas a oposição, que ficará sem alguns de seus principais líderes, na perspectiva eleitoral, como também o governo, uma vez que as movimentações ministeriais tendem a ocorrer com maior frequência e as ações de “rebeldia”, em especial de deputados considerados da base, tendem a aumentar.

 

Antecipação é a palavra que cresce

Estamos ainda na primeira metade de junho. Pode parecer cedo, no entanto, candidatos e partidos já se articulam visando a profissionalização de campanhas que consideram essenciais. Nunca se falou tanto e com tanta antecedência, por exemplo, nos possíveis pré-candidatos(as) às capitais. Justamente porque há uma necessidade urgente de análise, de entendimento das tendências, de formulação de políticas próprias que aproximem os partidos e seus pré-candidatos daqueles que são os anseios da população.

Uma leitura mais clara dos cenários que se apresentam pode representar um caminho mais tranquilo nas negociações que, por certo, estão por vir. Daí ganham importância os estrategistas e os institutos de pesquisa.

 

Planejar é essencial para evitar o caos

Aos estrategistas políticos cabe desenvolver três ações de análise essenciais:

  • Diagnóstico de Presença Digital;
  • Planejamento Estratégico Eleitoral;
  • Leitura Crítica das Pesquisas.

O Diagnóstico de Presença Digital visa a formação de Reputação do(a) pré-candidato(a). É um estudo completo sobre a presença na internet, desde questões de indexação (Google, blog, YouTube…) até a ação nas redes sociais. Importante destacar que a análise é feita não apenas sobre o(a) candidato(a) para o qual trabalho, mas também daqueles que são considerados os principais adversários na disputa.

O Planejamento Estratégico Eleitoral trabalha com cenários políticos, entrevistas em profundidade com candidato(a) e lideranças, Análise Swot, enfim, com elementos que visam entender o atual momento externo (sociedade) e interno (grupo político) da política, para que se pense e elabore estratégias com alcance de curto, médio e longo prazos, entendendo-se que curto prazo são as eleições de 2024, médio prazo a continuidade de formação da reputação e longo prazo as eleições de 2026.

Sim. As eleições de 2024 são um ensaio para o cenário político que encontraremos em 2026.
Por fim, a Leitura Crítica de Pesquisas é essencial. Ter uma pesquisa qualitativa bem aplicada e pesquisas quantitativas regulares é essencial para uma caminhada segura, em especial em um cenário de antecipação como o que estamos vivendo.

 

É preciso oferecer mais para conquistar mais

O Brasil padece de uma legislação mais rígida sobre o uso dos recursos que vêm dos Fundos Partidário e Eleitoral. Criar critérios mais visíveis, para além das cotas – que são essenciais – hoje existentes e que vêm sendo descumpridas, é importante. No entanto, os partidos começam a entender que existem elementos essenciais na formação de lideranças e na busca de vitórias em eleições, que superam a velha tática de palestras sobre partido, legislação, formação de chapas e coisas do gênero. Isso é muito básico.

Essencial é dar condições para que as lideranças locais, boa parte delas futuros(as) candidatos(as) às eleições de 2024, possam executar o que foi exposto anteriormente neste texto: a busca da reputação, um bom planejamento e um entendimento claro do cenário político local, estadual e nacional – pesquisas. Com isso, as Estratégias de Comunicação poderão ser postas em prática, entendendo o pensamento médio do eleitor.

E é isso mesmo que você entendeu. Lá em cima no texto falamos dos três primeiros movimentos da pré-campanha. Só depois deles temos condições mais seguras de entrar no movimento contínuo da Comunicação. Tudo aquilo que vou produzir para o meu site, blog, meu canal no YouTube, minhas redes sociais e também em minha comunicação off-line será fruto da análise de cenários e dos desejos e necessidades dos eleitores, naquele determinado momento.

 

O momento de investir é agora

O que percebemos, na Alcateia Política, é uma busca de aceleração dos processos, já em números acima dos anos anteriores de véspera de eleição. Esta é uma leitura que reflete a necessidade de conquistas e busca de um melhor posicionamento por parte dos partidos nos estados e dos(as) candidatos(as) dentro dos partidos.

Estamos próximos de assistir a uma avalanche de fusões, formações de federações, encerramento de partidos, enfim, uma verdadeira transformação no cenário partidário nacional, com redução significativa de siglas e busca de uma identidade ideológica ou mesmo programática, com reflexo direto em bancadas legislativas, bases governamentais e, por fim, com a necessidade amplificada de conhecimento visando ampliação e/ou sobrevivência.

A Alcateia Política trabalha com estratégias visando a ação do partido em todo um estado, de parlamentares com objetivo de aumentar suas bases em municípios e de candidatos(as) isolados(as), que querem aprimorar sua imagem e maximizar o impacto e eficácia de suas ações de comunicação na política, visando as eleições de 2024.

Entre em contato com a Alcateia Política agora mesmo para saber como podemos ajudar na construção de seu Projeto Político.

 

João Henrique Faria é jornalista, estrategista político, professor da pós-graduação em Comunicação Pública e Governamental da PUC-MG, proprietário da Fator Consultoria e membro fundador do Coletivo Alcateia Política