
Uma apresentação das oficinas realizadas ao longo de 2025 pela Organização Não Governamental Aliança Bayeux Franco Brasileira, que tem à frente Célia Domiciano, marcou sexta-feira (19) o encerramento das atividades este ano, com uma celebração natalina no ginásio da Escola Jaime Caetano.
“Estamos muito felizes por termos realizado mais uma culminância das atividades e todo ano com apresentações de artes marciais, de música, de dança, do projeto Tocar, Cantar e Brincar Feira Criança Livre e com as famílias de forma intergeracional, e foi muito bonito, a gente ficou muito feliz, é um dever cumprido”, afirmou.
E emocionada, acrescentou, agradecendo: “Que Deus nos abençoe e deseja a todas as famílias, beneficiários, equipe, colaboradores, patrocinadores, os auxiliares internos e externos, toda a nossa gratidão, que Deus possa iluminar um ano novo com muita perseverança, abundância e muitos resultados positivos. Muito obrigada, equipe, time forte, time presente, e é com vocês que a gente se une nessa transformação pessoal e social, comunitária e nos territórios”.
A dimensão do impacto social do projeto também se reflete nos relatos das famílias atendidas. Luciana Bandeira da Silva, mãe de Lauana Vitória Bandeira do Nascimento, conta que a filha participa das oficinas de percussão, dança e folclore. Segundo ela, a experiência foi decisiva para a mudança na rotina da criança. “Foi ótimo, isso é a vida dela. Ela gosta de estar na ONG”, resume, ao destacar o vínculo afetivo construído com o espaço e as atividades.
Moradora do bairro da Imaculada, Adriana Santos acompanha a participação das filhas Adriele Ágata, de 11 anos, e Rosiane Sofia, de 7, no projeto. As duas frequentam oficinas de dança, percussão, reforço escolar e criatividade. Para Adriana, as transformações vão além do aprendizado técnico. “Mudou tudo, tudo. Elas fazem novas amizades, criam uma aliança com o grupo, recebem muita atenção”, afirma, acrescentando que o acolhimento também chega às famílias.
Segundo ela, uma das filhas, antes retraída e isolada em casa, encontrou na ONG o estímulo para dançar, conviver e se desenvolver. “Ela se encontrou e evoluiu bastante”, relata.
Atualmente, cerca de 300 crianças são assistidas pelos projetos da ONG, que incluem oficinas de teatro, dança, cavalo marinho, inglês, francês, cinemateca, cursos profissionalizantes e curso preparatório para o Enem. A instituição também atua na captação e distribuição de alimentos, cobertores e água para famílias em situação de vulnerabilidade, garantindo condições mínimas para a permanência escolar e o desenvolvimento pleno das crianças.
As ações sociais, humanitárias e educativas alcançam mais de 600 famílias. Embora o foco principal sejam crianças e adolescentes, a ONG também atende adultos em oficinas de dança e cursos profissionalizantes, além de jovens que participam do preparatório para o Enem ao longo de dez meses, com aulas aos sábados.
São ofertadas as principais disciplinas exigidas para o ingresso no ensino superior, com resultados expressivos, como notas de até 9,5 na redação e aprovações em universidades. Apenas nas ações socioassistenciais, são 292 crianças atendidas; em outro projeto, 123; e nas ações humanitárias, 623 famílias beneficiadas.
Segundo a coordenação, esse número é ampliado indiretamente, considerando a média de integrantes por família. “Com a entrega de sopa, alimentos, cestas básicas, água, cobertores, roupas e lençóis, multiplicamos o alcance. Em parceria com a Mesa Brasil do Sesc, conseguimos distribuir doações que chegam a quem mais precisa”, concluiu.