O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos), concedeu uma entrevista à Rádio CBN João Pessoa na manhã desta quinta-feira (14/8) e disse que seu “Plano A” é a candidatura a governador nas eleições de 2026. Por isso, ele descartaria, por exemplo, ser candidato a vice em uma eventual chapa com Lucas Ribeiro (PP) como cabeça, ou mesmo apoiar uma candidatura de Lucas.
“Meu plano A é ser candidato a governador, e eu acho que a minha candidatura tem todas as condições de encontrar viabilidade eleitoral, de ter aceitação popular”, afirmou Galdino.
“E ela tá baseada no seguinte aspecto: pessoas como eu, como você, somos todos nós filhos do povo da Paraíba, e nós somos 95% dos paraibanos. A grande maioria da Paraíba e dos paraibanos são pessoas como nós, que lutam, que acordam bem cedo para buscar através do seu ofício, do seu trabalho, o seu ganha pão. Nada mais natural e normal que um de nós possa nos representar na condição de governador. O meu grande desafio é colocar na cabeça das pessoas que isso é possível, que a gente pode vencer as tradições, vencer os sobrenomes famosos, as famílias tradicionais da política e colocar alguém que represente essa grande maioria dos paraibanos, porque não? isso é possível, matematicamente é o mais correto, democraticamente é o mais certo, porque a democracia é o regime da maioria. Então nós estamos dentro dessa lógica, de convencer os filhos do povo que a gente pode ter um de nós na condição de governador para nos representar e para fazer cada vez mais um governo voltado para os interesses da grande maioria que são os os filhos do povo da Paraíba”, declarou Adriano na CBN João Pessoa.
Galdino afirmou que, dentre os atuais pré-candidatos a governador do estado, ele é o único alinhado ao presidente Lula (PT), os demais “ou são bolsonaristas ou são enrustidos na condição de bolsonaristas”.
“Se eu tivesse o apoio do Republicanos, do meu partido, eu estaria em primeiro lugar nas pesquisas, e eu provo com isso, eu tenho uma pesquisa de um instituto muito respeitado na Paraíba, que nas cidades onde faço política, e meu irmão Murilo faz política, são quase 40 cidades da Paraíba, o meu índice é 34, 6%, eu tenho mais de duas vezes o índice de Cícero. Então nas cidades que o povo me conhece, eu tenho 34, 6% em termos de aceitação e intenção de voto”, continuou.
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“Então, se o Republicanos tivesse feito o dever de Casa, se Hugo tivesse me apoiado em Patos, Nabor em Patos, Francisca Motta em Patos, Wilson no Sertão, Wilson Pai em outras cidades dele, e os demais deputados do Republicanos tivessem me apoiado eu estaria hoje em primeiro lugar”, falou o presidente da ALPB, citando o governador João Azevêdo (PSB):
“Vou mais além, se o governador também estivesse me apoiando, se o governador estivesse me apoiando, eu praticamente seria candidato único na Paraíba, eu seria candidato único, poderia até ter um candidato contra, mas só pra compor, eu seria candidato único, devido também ao nosso poder de articulação e a nossa força política, e a nossa credibilidade, porque confiança não se compra na Redepharma, mandar um abraço aos conterrâneos de Pocinhos da Redepharma, ou se compra no Carrefour não, confiança se adquire com gestos e atitudes, hoje eu tenho confiança das pessoas que fazem política comigo pela minha correção, pela minha firmeza, pela minha transparência, pela minha verdade de sempre se posicionar nas posições da vida, e acima de tudo, a minha credibilidade também com a classe política. Então na hora que o governador faz a sua escolha pra um determinado candidato que não tem aceitação popular, que está aí o governo todinho fazendo um esforço enorme pra ver se ele cresce nas pesquisas, mas na maioria das pesquisas eu tô a frente dele, eu e Deus, fazendo carreira solo, praticamente carreira solo, eu consigo pontuar mais do que o candidato que está empurrado pelo governo”.
Adriano contou que sente-se não “traído”, mas “desconsiderado” por não estar fazendo parte de algumas discussões com João Azevêdo, Aguinaldo Ribeiro e Hugo Motta.
“É fazer a exclusão de um prefeito da capital”, apontou Galdino, referindo-se ao prefeito Cícero Lucena (PP).
“Isso é muito perigoso pro governo, essa maneiro de excluir o prefeito da capital, como tá sendo feito pelo governo do estado, pode levar o governo do estado a perder a as eleições, isso pode acontecer, porque o peso do prefeito da capital é muito grande”, pontuou Adriano.
Adriano Galdino disse que não procurou nenhum partido político e reafirmou que só deixa o Republicanos se o presidente Lula o convidar para “cumprir a missão” de garantir o seu palanque na Paraíba. Também afirmou que sua intenção é continuar dentro da base do governo João, mas “paciência tem limite, se o governo fizer comigo o que fez com Cícero, o que está fazendo com o prefeito Cícero Lucena, eu não vou ter outro caminho de que sair da base do governo, essa política de exclusão do governo é muito ruim pra o governo, e eu pergunto ao governo, é muito complicado politicamente para o governo perder o prefeito da capital, e perder o presidente da Assembleia e o prefeito da capital? tem lastro? tem gordura política pra aguentar essas perdas?”, questionou o deputado.