Cientistas anunciaram mais um caso de paciente curado de infecção por HIV. O paciente, um alemão de 60 anos, não apresenta mais vestígios do vírus após um transplante de medula óssea.
A pesquisa foi divulgada antes da 25ª Conferência Internacional sobre a Aids, que ocorrerá na próxima semana. O homem, que prefere permanecer anônimo, é referido como o novo paciente de Berlim. Diagnosticado com HIV em 2009, ele recebeu o transplante em 2015 para tratar leucemia e interrompeu o tratamento antirretroviral no final de 2018.
Quase seis anos depois, ele não tem carga viral detectável, segundo os pesquisadores. Embora o novo paciente de Berlim seja o sétimo no mundo a ter uma remissão sustentada do HIV sem antirretrovirais, a infectologista Tânia Vergara ressalta que o transplante de medula óssea não é indicado para todos. Segundo ela, o procedimento é utilizado quando o risco de morte pela doença de base é tão alto que compensa os riscos associados ao transplante, como a imunossupressão.
Os primeiros casos de Aids foram registrados no final da década de 1970 nos Estados Unidos, Haiti e África, mas a doença só foi definida em 1982, mesmo ano em que surgiu o primeiro caso no Brasil. Atualmente, 960 mil brasileiros vivem com a doença, segundo o Ministério da Saúde.