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Alerta de risco de atentado ‘em massa’ na abertura dos Jogos Olímpícos é emitido
29/03/2024 / 16:33
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Durante uma reunião nesta quinta-feira (28) com o ministro do Interior, Gérald Darmanin, a agência de inteligência francesa (DGSI) teria pedido que o “formato” da abertura dos Jogos Olímpicos seja revisto, de acordo com informações da rádio francesa.

“Temos que pensar em um plano B”, disse uma fonte da DGSI à Europe 1. Para o serviço de Inteligência francês, manter o desfile dos atletas no rio Sena na abertura dos Jogos Olímpicos seria muito arriscado, principalmente depois do atentado perto de Moscou, reivindicado pela filial na Ásia Central do grupo Estado Islâmico.

O serviço de contraterrorismo francês quer evitar um eventual ataque coordenado em 26 de julho, dia da abertura dos Jogos, diante das câmeras do mundo todo. A França elevou seu risco de atentado terrorista para o nível máximo depois do ataque na Rússia.

A agência de inteligência francesa teria constatado uma movimentação “fora do normal” entre os suspeitos que chegam de países como Cazaquistão, Quirguistão e Turcomenistão. O grande temor da DGSI, segundo a Europe 1, é o retorno do “terrorismo em massa” à França, que inclui a utilização de carros-bombas que podem ser ativados à distância, por exemplo.

Sem contar a preocupação, já existente, com os chamados “lobos solitários”, indivíduos radicalizados que decidem cometer ataques sozinhos, como foi o caso recentemente do atentado perto da Torre Eiffel.

Durante a reunião, Darmanin agradeceu aos agentes da DGSI “pelo empenho, sobretudo neste ano olímpico em que o nosso país vai organizar o maior evento do mundo e uma cerimônia de abertura inédita”, em uma mensagem publicada na rede X, no final do encontro.

A polícia, as Forças Armadas e a Inteligência francesas “estarão prontas” para garantir a segurança nos Jogos Olímpicos de Paris, afirmou o ministro do Interior francês na segunda-feira (25), depois que o plano Vigipirate foi elevado ao seu nível máximo.

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, no Sena, já foi modificada levando em conta a segurança e terá metade dos espectadores em relação ao que foi inicialmente planejado.

No dia 5 de março, a diretora-geral de Segurança Interna, Céline Berthon, disse diante do Senado que “organizações terroristas que visam o Ocidente e, sem dúvida, à medida que o evento se aproxima, aproveitarão a oportunidade que representam os Jogos Olímpicos”.  

As declarações foram feitas antes do ataque em uma sala de concertos perto de Moscou, que elevou o dispositivo Vigipirate ao seu nível máximo de “ataque de emergência”, com 4.000 soldados adicionais, além dos 3.000 já destacados na França como parte da Operação Sentinela.