O presidente Lula (PT) se reúne nesta segunda-feira (27.02) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para discutir a tributação dos combustíveis.

O governo deve decidir se mantém ou se revoga a isenção de impostos federais sobre combustíveis. A desoneração, iniciada no governo Jair Bolsonaro (PL), foi prorrogada em janeiro por Lula e deixa de valer nesta terça-feira (28).

A prorrogação da medida provisória que barateia os combustíveis é defendida pela ala política do governo, que propõe a prorrogação da desoneração por mais alguns meses como forma de se estabelecer uma nova política de preços para a Petrobras. Essa questão é defendida, por exemplo, pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

Já integrantes da ala econômica se opõem, eles eles o ministro Fernando Haddad. À CNN, fontes do Ministério da Fazenda afirmaram que calculam um impacto de R$ 30 bilhões por ano aos cofres públicos com a manutenção da medida, o que pode comprometer investimentos sociais futuros.

Integrantes da ala econômica também argumentam que o custo anual da desoneração é maior que o gasto com o aumento do salário mínimo e o reajuste da faixa de isenção do Imposto de Renda somados anunciados recentemente pelo governo, registra o jornal O Globo. Outro argumento é de que a desoneração da gasolina é um incentivo para combustíveis poluentes e beneficia mais as classes mais altas da população.