O empresário da Paraíba, José André da Rocha Neto, teve a prisão preventiva decretada na mesma operação policial que prendeu a influenciadora Deolane Bezerra e que apreendeu R$20 milhões de uma empresa do cantor Gusttavo Lima.
Rocha Neto é dono de várias empresas, entre elas Vai de Bet, Pix 365 Soluções Tecnológicas LTDA e JMJ Participações LTDA. Foi uma das empresas, a J.M.J, que comprou um avião da empresa Balada Eventos, do cantor Gusttavo Lima. A aeronave foi apreendida em Jundiaí (SP).
Segundo a investigação da Polícia Civil de Pernambuco, deflagrada em cinco estados brasileiros contra fraude e lavagem de dinheiro em apostas ilegais, a aeronave faz parte de um dos esquemas de lavagem. José André da Rocha Neto é considerado foragido porque não estava no Brasil no dia da operação, e sim na Grécia com Gusttavo Lima, não tendo ainda se apresentado às autoridades policiais.
Segundo reportagem do Fantástico, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 35 milhões das contas pessoais do paraibano, e de R$ 160 milhões das suas empresas.
Em nota de esclarecimentos, a defesa de Rocha Neto afirma que “não existe qualquer indício de sua participação em atos ilícitos” e que “todo seu patrimônio é declarado e regular”.
O advogado do cantor Gusttavo Lima disse em nota que a Balada Eventos apenas vendeu um avião para uma das empresas investigadas. Afirma que a operação de compra e venda seguiu todas as normas legais e que isso está sendo devidamente provado para a autoridade policial e poder judiciário.
Destaca também que Gusttavo Lima apenas mantém contrato de uso de imagem em prol da marca VAIDEBET (uma das empresas de Rocha Neto) e que a Balada Eventos e Gusttavo Lima não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de exploração de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Ao todo, 53 pessoas físicas e jurídicas são investigadas pela Polícia Civil no âmbito da Operação Integration, que investiga fraudes em apostas online. No total, a justiça bloqueou 2 bilhões de reais dessas mais de 50 pessoas e empresas.
Segundo as investigações, para evitar que os valores fossem rastreados, o dinheiro ilegal era repassado de conta em conta várias vezes, até voltar ao mercado como se não fosse de origem criminosa. Outra forma de lavar a fortuna, era com a compra de imóveis, carros importados e aviões.
As investigações indicam que a empresa do cantor Gusttavo Lima, a Balada Eventos, também está envolvida no esquema de lavagem de dinheiro e apostas ilegais, com as empresas de José André da Rocha Neto, que é de Campina Grande.