A secretária de Estado do Desenvolvimento e Articulação Municipal (Sedam), Ana Cláudia Vital, visitou, nesta segunda-feira (19), o Centro Estadual de Referência da Mulher Fátima Lopes, em Campina Grande, voltado para mulheres vítimas de violências, e que funciona conjuntamente com o Espaço LGBT. Na ocasião, a secretária destacou a importância da unidade, especialmente durante esse período de pandemia, no qual tem aumentado os casos de agressão. Ana esteve acompanhada da secretária estadual da Mulher e Diversidade Humana, Lídia Moura.

As secretárias e demais autoridades foram recebidas pelas coordenadoras do Centro da Mulher, Isânia Monteiro, e do Espaço LGBT, Laura Brasil.

“Temos uma equipe de multiprofissionais para acolher essas pessoas que estejam sendo vítimas de violência. Elas têm esse acolhimento, não apenas em relação à violência que sofrem, mas conseguem apoio para inserção em cursos e também no mercado de trabalho”, explicou Ana Cláudia.

Durante a visita, Lídia Moura ressaltou o trabalho importante que é desenvolvido na unidade, contando com psicólogos, assistentes sociais e advogadas. O objetivo é dar condição para que a mulher saia do ciclo de violência a que é submetida.

Lídia aproveitou a oportunidade para anunciar à secretária Ana Cláudia e aos demais presentes que o governador João Azevêdo determinou que a Patrulha Maria da Penha, a partir de agosto, também seja levada a Campina Grande e mais 35 municípios. A iniciativa contará com a parceria da Secretaria de Segurança Pública e visa dar mais segurança às mulheres vítimas de violência no Estado.

De acordo com a coordenadora do Centro de Referência da Mulher, Isânia Monteiro, o espaço atende mensalmente uma média de 68 mulheres.

“Nós temos profissionais que vão oferecer ajuda especializada a cada mulher, que vão atender as demandas de cada uma e que podem, inclusive, ajudá-las a sair de vez do ciclo da violência”, destacou Isânia.

Ela explica que o trabalho exercido pelo Centro Estadual conta com parceria da Delegacia da Mulher, as demais delegacias distritais, universidades, Ministério Público e Tribunal de Justiça. “O objetivo maior do nosso trabalho é devolver à mulher a dignidade humana, para que quando ela identifique que está dentro de um ciclo de violência, ela nos procure”, observou.

Laura Brasil, coordenadora do Espaço LGBT, diz que a partir do funcionamento do equipamento, pessoas que foram vítimas de alguma violência, seja física ou psicóloga, passaram a contar com uma ferramenta a mais de proteção: “Não vamos retroceder e nem aceitar qualquer tipo de discriminação”.

Denúncia

É importante que as mulheres que sofrem qualquer tipo de violência procurem imediatamente a Delegacia feminina. Em Campina Grande, ela está localizada na Central de Polícia, no bairro do Catolé.

As vítimas também podem ir diretamente ao Centro Fátima Lopes, na Rua Dom Pedro I, 558, bairro São José. Podem ainda ligar para os números (83) 3342-9129 ou 98826-8834, 190, 197 e 123.