A programação de ambiente de mercado da 2ª edição do Festival Internacional de Cinema de João Pessoa (FestincineJP) começou nesta segunda (26) com o primeiro dia do Laboratório de Produção Executiva, rodadas de negócios e discussões sobre estratégias para fortalecer o cinema nordestino. Dos 24 projetos inscritos para o laboratório, foram selecionados seis que começaram a receber as consultorias especializadas com Clémentine Mourão-Ferreira, Marcus Baldini e Adrien Muselet.
Para o cineasta Arthur Lins, selecionado com o projeto Ratox CH7, a consultoria é uma grande oportunidade para entender melhor os pontos que podem ser melhorados. “Através das consultorias você lida com visões distintas, pessoas que estão mais atentas à dinâmica do mercado e esse diagnóstico é muito importante para que a gente possa pensar no filme em um circuito mais amplo”, destacou.
De acordo com o consultor Adrien Muselet, a proposta do Laboratório de Produção Executiva é trazer perspectivas diferentes sobre etapas importantes para o desenvolvimento do audiovisual. “Temos aqui projetos bem diferentes, sobre tipos de história e gêneros bem diferentes e as trocas são sempre muito construtivas. Lançamos, por exemplo, um olhar sobre a parte da escrita que tem um papel fundamental, posteriormente, tanto no olhar da crítica quanto na perspectiva de mercado”, afirmou.
O boas-vindas da programação de mercado teve início com um painel institucional com as presenças de Paulo Alcoforado, diretor da ANCINE, o assessor da presidência do BNDES, Juca Ferreira, e o diretor da Funjope, Marcus Alves.
De acordo com Juca Ferreira, o FestincineJP faz parte de uma estratégia de construção de uma política de cinema e audiovisual. “Aqui estão no caminho certo. Estamos remontando o processo do audiovisual e percebemos que municípios e estados, principalmente as capitais, têm um papel fundamental em fortalecer esse processo, não dá pra esperar apenas no Governo Federal”, afirmou.
Segundo Paulo Alcoforado, o festival é muito promissor. “É um jovem festival que, em sua segunda edição, já traz players nacionais e promove rodadas de negócios para ampliar o contato com as produções locais. A partir do momento que existe uma dinâmica, cria-se um caldo de cultura e previsibilidade que faz com que os criadores do audiovisual se preparem mais. Mesmo que não haja celebração de um negócio, ao menos fica o aprendizado de como funciona”, reforçou.
Para Marcus Alves, diretor executivo da Funjope, o desafio é montar uma rede e capacitar produtores e produtoras para garantir recursos das mais diversas instâncias. “Ficamos muito contentes de poder desenvolver este festival nesse perfil, para a exibição e também voltado para o mercado. Precisamos construir uma rede de pessoas protagonistas e que construam uma rede em torno do audiovisual”, afirmou Marcus.
Todas as atividades de ambiente de mercado são gratuitas e não precisam de inscrição prévia. A programação do festival segue até primeiro de junho e está disponível em www.festincinejp.com.br. O FestincineJP é uma realização da Prefeitura de João Pessoa por meio da Funjope.
9h – Segundo dia do Laboratório de produção executiva. Com Clémentine Mourão-Ferreira, Marcus Baldini e Adrien Muselet (consultores) [Sala Vladimir Carvalho]
9h – Debates sobre filmes das Mostras Competitivas – Dia 1. Com mediação de André Dib[Tenda da Música]
14h – Primeira aula da Oficina Distribuição, com Marceli Moreira (Downtown); [Sala Vladimir Carvalho]
14h – Painel “A Contribuição das Mulheres Negras para o Cinema Brasileiro: Antônia Ágape e o Super-8 Paraibano”. Com Tatiana Carvalho (APAN), Antônia Ágape e Carine Fiúza [Café da Usina]
14h – Rodadas de Negócios [Tenda da Música]