O executivo André Brandão renunciou à presidência do BB (Banco do Brasil). Ele ocupava o cargo havia 6 meses. Deixará a função em 1º de abril de 2021. A informação consta em comunicado divulgado pelo banco no início da noite desta 5ª feira (18.mar.2021), depois do fechamento dos mercados. Eis a íntegra.
Brandão já estava na corda bamba há meses. O presidente Jair Bolsonaro demonstrou insatisfação com ele depois de o BB começar uma reorganização administrativa com redução de agências e demissão de 5.000 funcionários.
Na época, no início de janeiro, o ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tentaram reverter a situação. Mas só na notícia de uma possível demissão abalou a credibilidade de Brandão e da gestão da empresa de capital misto (público e privado). As ações do BB despencaram.
Durante o anúncio de corte de gastos na instituição, Brandão justificou que havia menos necessidade de agências e maiores investimentos em tecnologia. A tendência de diminuição de unidades de atendimento acontece há anos em diversos bancos privados.
Na contramão do BB, a Caixa, que é totalmente pública, anunciou ontem que está contratando 7.704 novos colaboradores em todo o Brasil. Diferentemente do BB, ela é responsável pelos depósitos do auxílio emergencial e de diversos outros programas sociais.
Brandão é bem visto pelo mercado. O presidente da instituição trabalha há mais de 30 anos no mercado financeiro. Foi presidente do HSBC Brasil de 2012 a 2016. Entrou no BB no lugar de Rubem Novaes.
Do Poder 360