A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta sexta-feira (26) que, em outubro, a bandeira tarifária será vermelha 1. Isso significa que os consumidores continuarão a enfrentar uma cobrança extra em suas contas de luz, embora a taxa seja menor do que a aplicada em setembro, quando a bandeira era vermelha nível 2. A bandeira tarifária é um mecanismo que sinaliza os custos reais da geração de energia no Brasil. Quando a geração se torna mais cara, a Aneel ativa automaticamente a cobrança extra.

Além disso, a Aneel projeta um reajuste médio de 6,3% na conta de luz para 2025, o que sugere que as tarifas de energia elétrica devem aumentar mais do que a inflação, que está estimada em 5,05% segundo a última projeção do mercado financeiro. Essa previsão foi divulgada no boletim Infotarifa, publicado em agosto.

O aumento na estimativa de reajuste é atribuído principalmente ao orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fixado em R$ 49,2 bilhões para 2025, um aumento de R$ 8,6 bilhões em relação ao que havia sido previsto anteriormente. A CDE é um fundo setorial financiado por cobranças nas contas de luz de todos os consumidores, além de multas e aportes do Tesouro Nacional.

O sistema de bandeiras tarifárias da Aneel é uma forma de informar os consumidores sobre as condições de geração de energia. Em períodos de seca, quando as hidrelétricas geram menos energia, usinas termelétricas, que têm custos mais altos, são acionadas. As bandeiras amarela, vermelha 1 e vermelha 2 são aplicadas, cada uma com suas respectivas taxas extras. Para a bandeira vermelha patamar 1, o custo é de R$ 44,63 por MWh utilizado, enquanto a vermelha patamar 2 chega a R$ 78,77 por MWh.

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