
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que a conta de luz terá um reajuste médio de 7% ao longo de 2025, um índice superior à inflação prevista para o ano. O aumento reflete principalmente o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) aprovado para 2025, que alcança R$ 49,2 bilhões. A projeção representa um crescimento em relação à estimativa anterior de 3,4%, divulgada em março.
Aneel divulgou no boletim InfoTarifa que a conta de luz deve fechar 2025 com um reajuste médio de 7%. Esse valor supera a inflação prevista para o ano e indica um aumento significativo em relação à estimativa inicial de 3,4% feita em março. O principal fator para o reajuste está relacionado ao orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fixado em R$ 49,2 bilhões.
A CDE é um fundo setorial que financia diversas políticas públicas no setor elétrico, incluindo a tarifa social para famílias de baixa renda, o programa Luz Para Todos, a geração de energia em regiões isoladas, subsídios para fontes renováveis e compensações para consumidores que produzem sua própria energia, como os que utilizam painéis solares.
O fundo é mantido por cobranças embutidas nas contas de luz de todos os consumidores, multas e aportes do Tesouro Nacional. Para 2026, a expectativa é que o orçamento da CDE seja ainda maior, podendo atingir R$ 52,7 bilhões, conforme projeções atuais. No entanto, o orçamento para 2026 ainda será submetido à consulta pública.
A Aneel atribui as alterações na projeção principalmente aos encargos setoriais e aos custos relacionados à compra de energia. O aumento nas despesas da CDE também está ligado ao crescimento dos custos com micro e minigeração distribuída (MMGD) e aos descontos concedidos a fontes incentivadas.