A cantora Angela Ro Ro, morta nesta segunda-feira (8/9), aos 75 anos, enfrentava dificuldades financeiras e de saúde em seus últimos meses de vida. Internada desde junho no Hospital Silvestre, no Rio de Janeiro, a artista passou por uma traqueostomia em julho após uma infecção pulmonar e também enfrentava problemas renais.
Segundo seu advogado, Carlos Eduardo Lyrio, a única fonte de renda da cantora eram cerca de R$ 800 mensais repassados por plataformas de streaming, como o Spotify, referentes a direitos autorais de suas músicas. Ro Ro não tinha aposentadoria nem reservas financeiras, e chegou a fazer pedidos de ajuda a fãs e amigos nas redes sociais para arcar com os custos hospitalares.
Ícone da MPB, Angela Ro Ro está registrada no Ecad como compositora de 145 músicas, com sua voz presente em 271 gravações. Apesar da fragilidade, mantinha contato com o público pelas redes sociais. Em uma das últimas publicações, em 4 de junho, afirmou estar “superando tudinho” com a ajuda e o carinho dos fãs.
A trajetória da artista será contada no documentário “Angela Ro Ro”, dirigido pela cineasta Liliane Mutti. O filme, que reúne registros e depoimentos inéditos, foi exibido em agosto no Festival Curta! Documentários, no Rio de Janeiro, em sessão para projetos em fase de finalização. A cantora, internada na época, não compareceu ao evento.
Ainda não há previsão de estreia para o longa.
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