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Aniversário de João Pessoa: ambientalistas se preocupam com invasões em áreas de proteção ambiental e alertam para riscos no entorno do Polo Turístico Cabo Branco
04/08/2023 / 15:41
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Investigações feitas pela Secretaria do Meio Ambienta da Prefeitura de João Pessoa, apontam que cerca de 45 hectares de vegetação dos biomas manguezal e mata atlântica podem ter sido completamente destruídos pela ação dos invasores que se reunem lá esporadicamente para simular que moram na área e criar a narrativa de que existe um assentamento de famílias na área. 

 

Sob o comando de uma mulher identificada como Cláudia Alves Bezerra, quem comprou um lote na área é orientado a entrar num grupo de whatsapp de onde Cláudia dá ordens e cria normas com níveis distintos de hierarquia, de modo que, quando há qualquer movimentação por parte de autoridades públicas, a liderança do movimento convoca os invasores para virem massivamente à área, acompanhados de suas esposas e filhos, para fingir a utilização da área para fins agrícolas.

 

Relatório assinado por técnicos da secretaria de Planejamento e Gestão, com data do dia 22 de novembro de 2022, revelam que os documentos apresentados por Cláudia Alves Bezerra, continham características não habituais para o trâmite, pois o zoneamento e o macrozoneamento em vigor classificam a região como uma área de preservação permanente. 

O caso veio à tona, depois que um relatório da Secretaria de Planejamento do Município de João Pessoa revelou indícios de que uma quadrilha, liderada por uma mulher, já teria destruído quase um terço da mata nativa naquela região. 

Nas imagens, observa-se queimadas, troncos de árvores arrancados, estradas vicinais sendo abertas e muita destruição da Mata Nativa. 

Nas redes sociais, Cláudia Alves Bezerra aparece portando um facão pousando para foto numa ação deliberada para mostrar força. 

Ela está sendo investigada por falsidade ideológica, crime ambiental e formação de quadrilha.

As investigações começaram pela Secretaria de Planejamento e estão em prosseguimento pela Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de João Pessoa. 

Durante a última vistoria, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de João Pessoa verificaram sinais de invasão na da mata que fica nas imediações do Centro de Convenções da capital paraibana. Segundo a prefeitura, a área é de conservação estadual.

A equipe da Semam fez o registro do local e a medição para quantificar o quanto de área verde foi invadida. O relatório técnico foi encaminhado para o Ministério Público da Paraíba e para a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema).

O secretário de Meio Ambiente, Welison Silveira, tem dito que a prefeitura acompanha com atenção essas invasões e tem acionado o Ministério Público e o Poder Judiciário para construir soluções de desocupação dentro da legalidade. 

Em relação a Praia do Sol ele entende que é possível um desfecho mais rápido uma vez que está se configurando que os invasores não possuem qualquer envolvimento com os movimentos sociais. “Eles na verdade possuem um histórico de invasões de áreas privadas para obtenção de vantagens pessoais”, disse. 

 

As áreas consideradas unidades de conservação são protegidas por leis estaduais e federais.