Em entrevista ao programa F5, na rádio Pop FM, desta sexta-feira (13), o presidente do PT da Paraíba, Jackson Macêdo, disse esperar pela quebra de sigilo bancário e telefônico dos parlamentares que apoiaram as ações terroristas do último dia 8 de janeiro em Brasília.
O representante do partido do presidente Lula na Paraíba acredita que houve, sim, o envio de assessores a Brasília para auxiliar na organização dos atos, mas que é necessário que seja feita uma investigação. “Normalmente quando tem uma atividade desse tipo esses parlamentares mandam assessores para trabalhar na organização, no envio das pessoas, organizar caravanas e ônibus. Isso é uma linha de investigação e cabe à Justiça investigar”, declarou.
Para Macêdo, “é fundamental, nesse momento, a quebra de sigilo telefônico e a quebra de sigilo bancários dessas pessoas. De parlamentares, de quem financiou”.
Um assessor do deputado federal eleito Cabo Gilberto (PL), Anderson Novais, está entre os paraibanos presos em Brasília após os atos nas sedes dos Três Poderes. Já entre os supostos apoiadores do ataque estão o deputado Walber Virgolino (PL), a suplente de deputado Pâmela Bório (PSC), a vereadora de João Pessoa Eliza Virgínia (PP) e o ex-candidato ao governo Nilvan Ferreira (PL).
O deputado Wallber é alvo de petição do grupo Prerrogativas, formado por advogados, que pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para suspender a diplomação e impedir a posse de parlamentares eleitos por apoio público aos atos contra o regime democrático.
“Você começa a montar uma teia e saber quem realmente está por trás daquilo. É muito fácil agora recuar. Você começa a ver entrevistas desses deputados, de algumas lideranças políticas, todos recuados”, disse Jackson Macêdo.