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Após divulgação de áudio, ministro da Educação nega o que disse
22/03/2022 / 19:32
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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou nesta quarta-feira (22) que não favoreceu “qualquer município ou estado” na distribuição de verbas da pasta.

“Diferentemente do que foi veiculado, a alocação de recursos federais ocorre seguindo a legislação orçamentária, bem como os critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE). Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, informa o texto.

Ainda de acordo com a nota divulgada pelo Ministério da Educação (MEC), o presidente Jair Bolsonaro (PL) não pediu atendimento preferencial a ninguém.

“Registro ainda que o Presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem, inclusive as pessoas citadas na reportagem. Da mesma forma, recebo pleitos intermediados por parlamentares, governadores, prefeitos, universidades, associações públicas e privadas. Todos os pedidos são encaminhados para avaliação das respectivas áreas técnicas, de acordo com legislação e baseada nos princípios da legalidade e impessoalidade”, diz a nota.

Em uma gravação obtida pelo jornal Folha de São Paulo, Ribeiro disse que o governo federal dá prioridade a pedidos de verba negociados por dois pastores que não tem cargos oficiais, mas atuam de forma informal dentro do MEC, atendendo a uma solicitação de Bolsonaro.

A gravação de áudio contém parte de uma conversa entre Milton Ribeiro e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, próximos ao presidente desde o primeiro ano do mandato. Os dois têm negociado com prefeituras ao redor do Brasil a liberação de recursos federais para a construção de creches e escolas, ampliação de infraestrutura e compra de equipamentos tecnológicos.

Na reunião, o ministro falava sobre o orçamento da pasta e os valores que são geridos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“A minha prioridade é atender primeiros os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos que são amigos do Pastor Gilmar. Não tem nada com o Arilton, e tudo com o Gilmar. Por que ele? Porque foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar”, afirma Ribeiro no áudio.

Em contrapartida da liberação da verba, o ministro pede apoio em determinadas áreas, como a construção das igrejas.

A atuação dos pastores no ministério já havia sido revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo.