A nova série de ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral feitos durante uma live nesta quinta-feira (29) tem repercutido de forma negativa no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, o presidente foi chamado de “moleque” por um dos magistrados do STF, que teve o apoio e a concordância de outros colegas.
Um dos integrantes da corte eleitoral afirma que as respostas institucionais e as iniciativas de comunicação do tribunal têm sido boas, mas não são suficientes para barrar as investidas de Bolsonaro contra as eleições.
Os magistrados acreditam que tentativas de diálogo com Bolsonaro, como ainda defende o presidente do STF, Luiz Fux, são inúteis e que ele, na verdade, tenta criar um ambiente para tumultuar o processo eleitoral em 2022 caso chegue em desvantagem na disputa para se reeleger.
Na opinião de ministros do tribunal eleitoral, seria necessário atuar de maneira mais firme, com medidas concretas que resultem em punição, inclusive no âmbito eleitoral, para que Bolsonaro cesse as tentativas de desacreditar as urnas eletrônicas e, em consequência, o próprio resultado das eleições.
Ao fazer acusações de fraudes, sem ter provas, mesmo dizendo que tem, Bolsonaro reforça a ideia de que sua defesa do voto impresso é um meio de gerar desconfiança e um plano B para o caso de perder as eleições.
Da Redação com Folha de São Paulo