A Arábia Saudita executou 81 pessoas em um dia por supostas acusações ligada a terrorismo, superando total de execuções no país ao longo de todo o ano passado, quando foram contabilizados 67 executados. Em 2020, o número foi de 27.
A agência de notícias oficial SPA disse que os condenados estavam ligados ao “Estado Islâmico, Al Qaeda, houthis e outras organizações terroristas”. Os executados estavam planejando ataques no reino, como a morte de “um grande número” de civis e membros das forças de segurança, detalha o comunicado.
“Também incluem condenações por atacar funcionários do governo e locais econômicos vitais, matar forças de segurança e mutilar seus corpos e plantar minas terrestres para atingir veículos da polícia”, disse a agência.
As sentenças incluem “crimes de sequestro, tortura, estupro, contrabando de armas e bombas para o reino”, acrescentou. Dos 81 executados, 73 eram cidadãos sauditas, sete do Iêmen e um da Síria.
A SPA explicou que os condenados foram julgados separadamente em tribunais da Arábia Saudita por 13 juízes
“O reino continuará adotando uma postura rígida e inabalável contra o terrorismo e as ideologias extremistas que ameaçam a estabilidade”, continuou.
Alexandra, 12, segura sua irmã Esyea, 6, que chora enquanto acena para sua mãe Irina, fogem de ônibus da Ucrânia Foto: ALEXANDROS AVRAMIDIS /
Um homem e uma criança escapam da cidade de Irpin após bombardeios pesados na única saída, enquanto tropas russas avançam para a capital de Kiev
A nação do Golfo também lidera uma coalizão militar que luta no Iêmen desde 2015 para apoiar o governo contra os rebeldes houthis apoiados pelo Irã e lançou ataques no reino.
Atualmente, cerca de 50 países ao redor do mundo continuam aplicando a pena de morte. Em 2020, 88% das 483 execuções relatadas ocorreram em apenas quatro países: Irã, com 246; Egito, 107; Iraque, 45; e Arábia Saudita, 27, segundo a Anistia Internacional.
As execuções deste sábado ocorreram um dia após a libertação do blogueiro saudita e ativista de direitos humanos Raif Badawi, que havia sido condenado a 10 anos de prisão e 1.000 chicotadas sob a acusação de insultar o Islã.
Badawi, que recebeu apenas 50 chicotadas antes que a punição fosse interrompida por pedidos da comunidade internacional, está proibido de deixar a Arábia Saudita pelos próximos dez anos. Ele não poderá se juntar a sua esposa Ensaf Haidar e seus três filhos no Canadá, para onde fugiram após a prisão.
Informações: O Globo