Em meio à pressão por resultados no ano do centenário do clube, o presidente do Treze Futebol Clube, Artur Bolinha, anunciou nesta segunda-feira (2/6) sua renúncia ao cargo. A decisão foi acompanhada pelos vice-presidentes e demais membros da diretoria, que também entregaram suas funções.
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O comunicado oficial, divulgado pelo próprio clube, aponta que os ataques pessoais sofridos por familiares de dirigentes, somados ao desempenho insatisfatório da equipe em campo, motivaram a decisão.
“Apesar de ser natural que haja crítica ao desempenho, quando este movimento começa a se transformar em ataques pessoais a esposas, pais e principalmente a filhos de Diretores, não faz mais sentido – pra ninguém – prolongar este desgaste. Pelo mesmo motivo que o trabalho começou, por respeito à história do Treze, ele agora se encerra, abrindo caminho para que as soluções que estão sendo propostas pela torcida e por outros segmentos do Clube possam ter espaço”, diz trecho da nota.
Apesar das dificuldades enfrentadas na temporada, a gestão destacou avanços fora das quatro linhas, como a reorganização administrativa, controle de dívidas, pagamento de salários em dia, valorização da marca e retomada das categorias de base. O clube também reforçou que manteve contatos com investidores interessados em transformar o Treze em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), negociações que serão repassadas à futura diretoria.
O Presidente Artur Bolinha informa a sua renúncia ao cargo de Presidente do Treze Futebol Clube. Os Vice-Presidentes e toda a Diretoria acompanham a decisão.
Esta gestão se iniciou com a conquista de um título importante, em condições extremamente adversas, com uma forte demonstração de união de todos. A partir daí o trabalho continuou com uma reestruturação de várias áreas do clube, gerenciamento de dívida e encaminhamento de recuperação judicial, melhoria de patrimônio, de condições de trabalho para atletas e funcionários, reativação das categorias de base, desenvolvimento de inúmeros negócios, licenciamento de produtos, valorização de marca, recuperação de credibilidade institucional e posição de mercado, e sobretudo retorno a competições regionais e nacionais em condições de competitividade.
Apesar de tudo isso e de todos os esforços, dentro de campo, lamentavelmente, no ano do seu Centenário, esta gestão não tem conseguido os resultados exigidos, e com os recursos que estão disponíveis, esgotou as alternativas que tinha.
Apesar de ser natural que haja crítica ao desempenho, quando este movimento começa a se transformar em ataques pessoais a esposas, pais e principalmente a filhos de Diretores, não faz mais sentido – pra ninguém – prolongar este desgaste. Pelo mesmo motivo que o trabalho começou, por respeito à história do Treze, ele agora se encerra, abrindo caminho para que as soluções que estão sendo propostas pela torcida e por outros segmentos do Clube possam ter espaço.
O Conselho está sendo notificado ainda hoje sobre a necessidade de providências imediatas para uma transição rápida, com novas eleições e o prosseguimento das atividades. O Clube não produziu mais débitos durante este período, a dívida foi estancada, tratada nas condições legais possíveis e será em breve objeto de Assembleia de Credores. As contas serão repassadas desbloqueadas, sem débitos, e com contratos de patrocínio e algumas outras cotas a serem recebidas. Os salários estão em dia. Todos os contatos em andamento com relação a investidores interessados em SAF serão também repassados.