João Pessoa 28.13ºC
Campina Grande 27.9ºC
Patos 35.28ºC
IBOVESPA 126526.27
Euro 5.4702
Dólar 5.1151
Peso 0.0059
Yuan 0.706
B3 quer mais mulheres, pretos e LGBTQ+ em cargos de alta liderança
17/08/2022 / 13:17
Compartilhe:

A B3 – Bolsa de Valores brasileira anunciou uma proposta para aumentar a participação de minorias sociais (grupos alvos de discriminação) em cargos de alta liderança dentro das empresas listadas.

A ideia é que as companhias brasileiras tenham ao menos uma mulher e um integrante de comunidade minorizada (pessoas pretas ou pardas, integrantes da comunidade LGBTQIAP+ ou pessoas com deficiência) em seu conselho de administração ou diretoria estatutária em até dois anos a partir da vigência da norma, que deve ser editada no início do próximo ano.

Atualmente, de 423 companhias listadas, aproximadamente 60% não têm nenhuma mulher entre seus diretores estatutários, e 37% não possuem participação feminina no conselho de administração, segundo levantamento feito pela B3 em 2022.

Período para adaptação

Quando aprovadas, as novas diretrizes devem ser adotadas pelas companhias listadas em todos os segmentos da Bolsa, incluindo Básico, Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado. As companhias que já estão listadas, na data de início da vigência das novas regras, terão até 2025 para comprovar a eleição do primeiro membro – ou apresentar justificativas para o não cumprimento da medida – e 2026 para o segundo membro.

Para as empresas que fizerem seu IPO (primeira oferta pública de ações) após a vigência das novas regras, os prazos são o ano subsequente à listagem, para a primeira pessoa, e o ano seguinte, para a segunda.

– O tema da diversidade é um dos que precisamos priorizar, e acreditamos que a implantação das melhores práticas deve ocorrer de maneira progressiva, com prazos que permitam a necessária evolução da diversidade dentro das companhias”, disse Viviane Basso, vice-presidente de Operações – Emissores, Depositária e Balcão da B3.