O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (8) que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus “é sobre provas e não disputa política”.
Barroso comparou o caso ao período da ditadura militar, e disse que naquele regime não havia devido processo legal, nem transparência nos julgamentos.
“Tendo vivido e combatido a ditadura, nela é que não havia devido processo legal público e transparente, acompanhado pela imprensa e pela sociedade em geral. Era um mundo de sombras. Hoje, tudo tem sido feito à luz do dia. O julgamento é um reflexo da realidade. Na vida, não adianta querer quebrar o espelho por não gostar da imagem”, afirmou o ministro.
O ministro também ressaltou que o STF tem atuado com base na Constituição.
“Não gosto de ser comentarista do fato político do dia e estou aguardando o julgamento para me pronunciar em nome do Supremo Tribunal Federal. A hora para fazê-lo é após o exame da acusação, da defesa e apresentação das provas, para se saber quem é inocente e quem é culpado. Processo penal é prova, não disputa política ou ideológica”, argumentou Barroso.
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta terça-feira (9), o julgamento de Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado em 2022.
O julgamento será transmitido ao vivo nos canais do YouTube da TV Justiça e do STF.
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