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BC ainda estuda se moeda digital brasileira será remunerada ou rastreável
14/04/2021 / 13:55
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LARISSA GARCIA

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade ainda acerta “pequenos detalhes” de como será a moeda digital brasileira, tais como se será remunerada, rastreável ou se o BC será o único emissor.
O titular do BC afirmou que tem conversado com autoridades monetárias de outros países e que deve haver coordenação entre os bancos centrais.

“Há ainda pequenos detalhes a serem discutidos, como se a moeda será remunerada ou não, se será rastreada e se o BC seria o único emissor”, adiantou em evento virtual promovido pela Embaixada da Índia nesta quarta-feira (14).

No evento, Campos Neto afirmou que o open banking, ou sistema financeiro aberto, possibilitará aos clientes receber ofertas de produtos e serviços mais adequados ao seu perfil e mais baratos. Além disso, a ferramenta abrirá caminho para novos modelos de negócio dentro do sistema financeiro.

O novo sistema, que começou a ser implementado no início deste ano no Brasil, permite que o consumidor compartilhe seus dados e escolha produtos financeiros mais vantajosos em uma única plataforma.

O presidente do BC afirmou que o Pix, serviço de pagamentos instantâneos, tem múltiplas utilidades.

“O projeto pode ter outras dimensões. Temos desenvolvido novas funcionalidades no Pix que vêm da interação com a sociedade, de entender as demandas. Podemos expandir a plataforma para ter maior ganho de eficiência”, disse.

Segundo ele, foi uma surpresa a rápida adesão das pessoas ao sistema de pagamentos instantâneos.

“Esperávamos algo como 20 milhões em seis meses e isso foi feito em poucos dias. Hoje temos 206 milhões de chaves [no Pix]”, contou.

Ele disse ainda que a digitalização pode tornar serviços públicos mais eficientes e menos burocráticos.

Para Campos Neto, o movimento começou nos meios de pagamentos, mas pode evoluir para novos modelos de negócios e para a prestação de serviços, inclusive públicos.

“Isso pode evoluir para ser um modelo de prestação de serviços do governo, no qual se presta mais serviços de forma digital, mais barata e com menos burocracia. As pessoas podem contratar serviços, abrir contras, pedir recursos e outras coisas do dia a dia”, avaliou.