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Bebê da capa do disco do Nirvana processa banda ao acusá-la de exploração sexual
25/08/2021 / 09:51
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Spencer Elden, o bebê que aparece na capa do disco “Nevermind” da banda Nirvana em 1991, então com quatro meses, agora, aos 30, processa a banda por exploração sexual.

De acordo com o jornal The Guardian, o processo conta com 15 réus, dentre eles a viúva do vocalista Kurt Cobain, Courtney Love, e a gravadora que lançou e distribuiu o disco.

Spencer Elden pede uma indenização de US$ 150 mil (o equivalente a R$ 787 mil) de cada uma das partes por “exploração sexual infantil comercial desde quando Elden era menor de idade até os dias atuais”, diz a defesa.

Na imagem do disco, o bebê aparece nadando pelado indo atrás de uma nota de dólar. No processo consta que Elden alega ter sofrido uma produção de pornografia infantil com sua imagem.

Danos permanentes por causa dessa exposição teriam afetado a cabeça dele o que incluiria “sofrimento emocional extremo e permanente com manifestações físicas”.

O jornal aponta que Elden diz que nunca teria sido pago pela imagem estampada no projeto. Mas informações prévias davam conta de que os pais de Elden receberam cerca de US$ 200 na época.

Em entrevista em 2007, Spencer Elden disse ao Sunday Times que era “meio assustador que muitas pessoas me viram nu. Me sinto a maior estrela pornô do mundo”.

Em 2016, quando completou 25 anos, o álbum “Nevermind” já havia comercializado mais de 30 milhões de cópias desde o seu lançamento.

À Folha de S.Paulo, em 2011, o fotógrafo Kirk Weddle contou que quase escolheram uma menina para a capa, tendo prevalecido a decisão da gravadora, que preferiu Elden.

A ideia original de Kurt Cobain, vocalista do grupo, era fotografar um parto na água, opção descartada por ser muito difícil. Na época, o fotógrafo pagou US$ 200 a um casal de amigos que lhe emprestou Elden, então com quatro meses.

“Spencer não sabia nadar. A mãe dele o segurou, mas ele chorou, então encerramos logo. Gastei meio rolo de filme e cinco minutos”, disse.