Um caso de negligência médica durante um parto em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, resultou na decepação da cabeça de um bebê. A Justiça condenou o município ao pagamento de R$ 200 mil em indenização a um casal que passou pelo ocorrido em 2009, no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea).
Sobre o caso
Tudo começou quando a mãe procurou o serviço de saúde na cidade de Taperoá, onde residia, e foi encaminhada a Campina Grande após a identificação da posição invertida do bebê. Em 13 de dezembro daquele ano, após ter sido dispensada por duas vezes pelo Isea, a mulher chegou à unidade hospitalar com fortes dores. O médico plantonista, surpreendentemente, optou por conduzir o trabalho de parto normal, mesmo com o bebê estando em uma posição invertida que normalmente requer uma cesariana.
Justiça
Segundo informações do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), o parto forçado culminou na decepação da cabeça do bebê. O relator do processo, o juiz Ruy Jander Teixeira da Rocha, da Terceira Vara da Fazenda Pública de Campina Grande, destacou que os pais do bebê não foram informados sobre a causa da morte. A descoberta ocorreu quando o pai foi buscar o corpo para o sepultamento.
A defesa do município
O município alegou que a gestante estava em trabalho de parto expulsivo em apresentação pélvica, com bolsa rompida e prolapso de membros inferiores. No entanto, o magistrado argumentou que houve uma clara negligência no atendimento à gestante, “evidenciada na ausência de internação e na recusa em realizar o parto cesáreo no momento oportuno”.
A decisão pode ser objeto de recurso.