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Bicicleta elétrica: compra, assinatura ou compartilhada? Veja pontos positivos e negativos
12/12/2021 / 19:13
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A bicicleta elétrica tem ganhado mais usuários no Brasil ano a ano. Mesmo sem contar os meses de novembro e dezembro, 2021 já bateu recorde em vendas para o veículo de mobilidade.

Com modelos de marcas consolidadas não saindo por menos de R$ 6 mil, muita gente tem recorrido também às bikes elétricas compartilhadas ou aos serviços de assinatura para não desembolsar um valor alto logo de cara. Mas qual será a melhor escolha entre os modais?

Depende, mas o g1 listou os pontos positivos e negativos de cada uma para ajudar a descobrir qual combina mais com você.

Mas se o objetivo é ter um veículo a longo prazo, mais de 3 anos, por exemplo, adquirir a bike pode se tornar mais indicado porque o investimento inicial vai se diluindo com o passar dos anos.

Pontos para ficar de olho na hora de escolher o modal de bike elétrica

Percurso diário: se você possui um percurso diário definido, as bikes compartilhadas podem ser uma boa opção, mas desde que as estações de retirada e estacionamento estejam em sua rota.

É importante ver o tempo que passará em cima da bicicleta, isso porque os serviços costumam cobrar por um prazo determinado, como 45 minutos. Para quem roda bastante e sem um roteiro certo, comprar ou assinar é mais vantajoso.

Manutenção: ter a sua própria bike virá com custos de manutenção. Isso vai depender do quanto você vai rodar e em quais condições, mas sai em média R$ 600 por ano. É importante verificar se o modelo adquirido possui assistência técnica no país e disponibilidade de peças.

Em média, a cada 5 anos, também será preciso trocar a bateria do modelo. O valor pode variar, mas está acima dos R$ 1,3 mil.
Para as compartilhadas, não há gastos do tipo, enquanto nas por assinatura isso pode variar. A manutenção rotineira já está inclusa, mas certos reparos inesperados, como estragos por alguma queda, com cobrança a parte.

Seguro: o roubo de bicicletas elétricas é uma realidade, então ter o seguro delas é algo indicado. O valor vai depender bastante do preço de bem e da região do país. No caso das compartilhadas, não é algo para se preocupar.
Para as de assinatura, é preciso ficar de olho nas condições que cada empresa oferece. Geralmente, existe coparticipação no pagamento do seguro, mas em caso de roubo será preciso pagar a franquia.

Disponibilidade: é muito importante ter em mente como será o uso da bike. As compartilhadas, por exemplo, não estão disponíveis 24 horas por dia; no caso das assinaturas, não é permitido alterações nos modelos, como alguma troca de acessório.

Em alta durante a pandemia
Os serviços de assinatura e compartilhamento de bicicletas como um todo, não apenas com as elétricas, perderam usuários no começo da pandemia, a partir de março de 2020.

“Apesar do compartilhamento ser um meio de transporte particular, porque foge da aglomeração, a queda foi brutal, de 80%”, afirma Maurício Villar, sócio e um dos fundadores da Tembici.

Com o passar do tempo, as empresas notaram a volta de interesse ao uso das bikes e o crescimento foi gradual até o final de 2021. “Já estamos em patamares acima de antes da pandemia, o nosso público antigo voltou e novos usuários chegaram”, disse Villar.

Para superar a crise, as empresas buscaram novas alternativas. A Tembici promoveu uma parceria com o iFood para disponibilizar as elétricas para entregadores; no modal de assinatura, a E-Moving mudou seu modelo de negócios, passando a fazer assinaturas apenas por meio do intermédio de empresas.

“Conseguimos fechar grandes contratos, o que melhorou bastante para o nosso negócio”, explica Flávia Saraiva, coordenadora de marketing da E-Moving, startup que começou com as assinaturas de bicicletas em 2015.

Para a Tembici, haverá ampliação de sua frota de elétricas em 2022. Atualmente, são mil unidades, e o plano é incrementar a rede com mais 5 mil.

Para Villar, as bicicletas compartilhadas podem servir de entrada para futuros compradores. “Acreditamos também no modelo de assinatura e de ter a bicicleta própria. Grande parte dos usuários que deixam nosso serviço é porque compraram uma bike”, disse.

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Mas tem acelerador?

Não. O conceito seguido no Brasil e em outros locais, como na Europa, é o das bicicletas elétricas chamadas de assistidas. “Existe uma ideia errada de associar a bicicleta elétrica com o acelerador, mas é diferente, o veículo possui uma assistência de força durante as pedaladas”, explica Fabio Nitschke, especialista em cicloturismo do canal Ativitae.

Isso significa que o motor da bike serve como um potencializador das pedaladas, deixando mais “levinhas” do que de uma bicicleta comum. “Imagine que você pudesse encarar uma subida com o mesmo esforço que tem no [piso] plano”, diz Nitschke.

Não ter o acelerado não é apenas uma escolha, tem a ver com a legislação de trânsito. Para ser considerada uma bicicleta elétrica e poder rodar nos mesmos lugares que uma bicicleta convencional, como nas ciclovias e ciclofaixas, o modelo tem que seguir as seguintes regras:

Não ter acelerador 

Motor só pode funcionar quando o ciclista pedala.
Velocidade máxima de 25 km/h.
Potência máxima de 350 Watts.
Os veículos que não se encaixem nessas regras são equiparados aos ciclomotores — que são aquelas motos com motor de até 50 cm³.

Nesse caso, por exemplo, se a bicicleta tiver um acelerador manual deverá seguir as mesmas regras que as “cinquentinhas”, ou seja, precisa ser emplacada, o condutor tem que ter CNH (Carteira Nacional de Habilitação) específica e não pode rodar em ciclovias.

Informações: G1