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Biden diz que Netanyahu não está facilitando acordo entre Israel e Hamas
02/09/2024 / 16:56
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Primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu – ABIR SULTAN/Pool via REUTERS

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta segunda-feira (2) acreditar que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não está fazendo o suficiente para garantir um acordo com o Hamas para a libertação de reféns israelenses na Faixa de Gaza.

Biden afirmou também que a Casa Branca está perto de apresentar uma proposta final de cessar-fogo para o conflito entre Israel e Hamas.

A conversa de Biden com repórteres ocorre dias após forças israelenses recuperarem os corpos de seis reféns do Hamas, incluindo o do israelo-americano Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos, de um túnel em Gaza. Os militares de Israel afirmam que eles haviam sido mortos por terroristas do Hamas poucas horas antes.

Questionado se achava que Netanyahu estava fazendo o suficiente para garantir um acordo para a devolução reféns, Biden disse: “Não”. Ele não deu mais detalhes.

Um alto funcionário do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse à Reuters, respondendo aos comentários do presidente dos EUA, que este era um reconhecimento dos EUA de que Netanyahu estava minando os esforços para um cessar-fogo no conflito.

Zuhri disse também que qualquer proposta de cessar-fogo permanente e retirada completa de Israel de Gaza será recebida positivamente pelo grupo.

Proposta de acordo

Um acordo de cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza com 11 meses do início da guerra pode ser a última chance de salvar com vida os reféns sob poder do Hamas, segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. As negociações por uma trégua também podem determinar se o Irã responde militarmente ao assassinato dos chefes do Hamas e do Hezbollah, ocorridos no final de julho. A guerra em Gaza acontece desde os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas. O conflito já deixou mais de 40 mil palestinos mortos.

Uma nova rodada de negociações por um cessar-fogo na guerra em Gaza dura desde 15 de agosto. Os EUA modificaram a proposta para atender a novas demandas de Israel e de Hamas, porém ainda há diferenças significativas entre as partes.

Um dos pontos de desacordo é a interrupção do ataques de Israel em Gaza. O governo israelense alega que a guerra só pode terminar com a destruição do Hamas como força militar e política, e que, para isso, é preciso fazer operações militares no território palestino, onde o grupo terrorista está baseado.

Mas o Hamas já disse que, para devolver os reféns, só aceitará um cessar-fogo permanente, e não temporário. Em meio às negociações, os corpos de seis reféns foram recuperados pelo exército israelense neste domingo (1º).

Há divergências também sobre a presença militar contínua de Israel dentro de Gaza, particularmente ao longo da fronteira com o Egito, sobre a livre movimentação de palestinos dentro do território e sobre a identidade e o número de prisioneiros a serem libertados em uma troca.

Outro ponto de discordância entre Israel e o Hamas é uma exigência posta por Israel nesta rodada de negociações: Netanyahu quer manter o controle do Corredor Filadélfia — a fronteira sul de Gaza, com o Egito — após a Guerra em Gaza.

Segundo o governo israelense, o Hamas ainda tem sob seu poder 111 pessoas sequestradas pelo grupo terrorista durante o ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra na Faixa de Gaza.

*Com informações do g1