O arcebispo de Patos Dom Eraldo da Silva não poupou palavras para criticar o projeto de lei que prevê um aumento nos salários do prefeito e dos vereadores da cidade, e sentenciou como um pecado a iniciativa.

Dom Eraldo afirmou, durante celebração da missa da noite do último domingo (12), na cidade do Sertão, que pelo projeto, “parece que não tivemos pandemia, parece que não tem desemprego, não tem fome. Pode arrumar qualquer perito em direito constitucional para dizer que é constitucional, mas uma coisa eu digo, é imoral”, disparou.

E ele foi além ao afirmar que a classe política para tornar qualquer ato constitucional, basta que se reunam e aprovam interesses de forma imediata.

“A moralidade está baseada no código da vida, no evangelho … Deixo aqui a posição da igreja, não é certo, é pecado aumentar os salários dos prefeitos, de vereadores de qualquer cidade na atual situação”, sentenciou.

Ontem, não se sabe se por coincidência, ou medo de levar mais um pecado pra ser acertado ao morrer, o projeto foi retirado da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores de Patos.

Caso fosse aprovado, o salário do prefeito Nabor Wanderley, passaria de R$ 17 mil para R$ 24 mil. Já o do vice-prefeito Jacob Souto, que hoje embolsa dos cofres públicos R$ 8,5 mil, passaria para de R$ 11,5 mil.