A Paraíba é o segundo maior produtor de abacaxi do Brasil, e o cultivo da fruta é responsável por 50% do valor bruto de toda a produção da fruticultura do estado. Esses dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) dimensionam a importância dessa atividade econômica paraibana. Com o objetivo de organizar a cadeia produtiva do abacaxi no Agreste e Zona da Mata, o Banco do Nordeste lançou o Plano de Ação Territorial (PAT) da abacaxicultura, em Itapororoca.
O lançamento ocorreu no início de dezembro e faz parte do Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter) do BNB. O PAT engloba seis municípios que concentram 82% de toda a produção do estado: Itapororoca, Araçagi, Lagoa de Dentro, Curral de Cima, Santa Rita e Pedras de Fogo. A operacionalização do plano envolve entidades parceiras de assistência técnica, capacitação técnica e gerencial, consultoria e elaboração de projetos. O PAT prevê a implementação de ações de mecanização, inovação e difusão tecnológica, visando à elevação da produtividade, melhoria da qualidade e agregação de valor aos produtos vendidos.
“Reunimos os principais produtores, entidades parceiras, atores e representantes dos elos da cadeia produtiva do abacaxi no lançamento do Plano de Ação Territorial da abacaxicultura paraibana. As ações a serem executadas no âmbito do Prodeter visam, sobretudo, a organizar a atividade, aumentar a produção reduzindo custos e gerando maiores receitas aos empreendedores, e qualificar e agregar valor ao produto, a exemplo do abacaxi orgânico”, destaca o agente de desenvolvimento do BNB, Kennedy Wanderley de Sousa.
A Paraíba registra mais de 263 milhões de frutos extraídos por ano, proporcionando receitas da ordem de R$ 325 milhões para a economia estadual. Um dos clientes do Banco do Nordeste é o produtor Tobias Lopes, do Sítio São José. A propriedade recebeu selo de certificação orgânica na produção do fruto. Para isso, o produtor passou quatro anos estudando o manejo e a viabilidade do cultivo do abacaxi orgânico no sítio, que fica em Itapororoca. O cliente foi recentemente premiado pelo BNB, em virtude das inovações por ele implementadas na cultura do abacaxi e da agregação de valor que conseguiu imprimir aos seus produtos. Atualmente, o sítio produz 30 mil frutos por hectare, com irrigação por gotejamento e sem uso de qualquer agrotóxico.
Integram o PAT da abacaxicultura: Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Ministério da Agricultura e do Abastecimento (Mapa), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Secretaria de Agricultura e Pesca do Governo do Estado, Sindicato e Organização de Cooperativas do Estado da Paraíba (OCB), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), Prefeituras Municipais de Itapororoca, Araçagi, Lagoa de Dentro, Curral de Cima, Santa Rita e Pedras de Fogo.
Também participam as empresas Intrafrut, Doce Mel, Sítio São José, Frutiaçú, Aggroon e Santos Agrícola. O PAT tem a participação do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Itapororoca e Movimento pelo Fortalecimento e Desenvolvimento dos Arranjos Produtivos da Agropecuária Paraibana (Planes-PB).