Uma das propostas da equipe de transição do futuro governo federal é retirar o Bolsa Família do teto de gastos por um período de quatro anos ou, até, de forma permanente. Essa proposta está em discussão com aliados e deve ser divulgada na quarta-feira (16).
A reunião do conselho político, formado por 14 partidos, aconteceu nessa sexta (11). Apenas o MDB não estava presente, em função de viagem dos senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho.
Gleisi Hoffmann, coordenadora de articulação política do governo de transição, disse que o futuro governo quer ampliar as conversas com Uninão Brasil pelo apoio do partido. O conselho discutiu a proposta de emenda à Constituição para pagar o Bolsa Família no ano que vem.
O orçamento para o ano que vem enviado pelo atual governo já prevê um benefício médio de R$ 405 para o Bolsa Família – são R$ 105 bilhões no total.
O governo eleito quer elevar o benefício de R$ 405 para R$ 600 e dar adicional de R$ 150 por criança até seis anos. Para isso, precisaria de mais R$ 70 bilhões, que não estão previstos no orçamento.
Mas em vez de pedir que fiquem fora do teto só os R$ 70 bilhões suficientes para o acréscimo no benefício, a equipe de transição quer que a PEC deixe todo o valor do Bolsa Família, R$ 175 bilhões, fora do teto de gastos. O futuro governo pretende usar os R$ 105 bilhões dessa folga que seria criada no orçamento em outros programas, como merenda escolar, e também em investimentos.
F5 Online com G1