
Durante a audiência de custódia realizada neste domingo (23), o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve uma espécie de “alucinação” antes de tentar abrir a tornozeleira eletrônica. Segundo ele, o episódio estaria ligado ao uso de medicamentos iniciados dias antes. Bolsonaro negou qualquer intenção de fuga.
A juíza auxiliar Luciana Sorrentino decidiu manter a prisão preventiva, entendendo que a Polícia Federal atuou dentro da legalidade ao conduzir o caso. A audiência ocorreu por videoconferência a partir da Superintendência da PF no Distrito Federal, onde Bolsonaro está detido desde sábado. O procedimento foi conduzido por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a ata, Bolsonaro disse ter acreditado que havia algum tipo de escuta instalada na tornozeleira. Ele relatou que usou um ferro de solda por volta da meia-noite para tentar abrir o equipamento, mas afirmou que interrompeu a ação ao “cair na razão” e comunicou o fato aos agentes de custódia.
O ex-presidente também afirmou que tem enfrentado noites mal dormidas e que começou a tomar um dos remédios mencionados apenas quatro dias antes da tentativa de violação do dispositivo. Ele disse não ter registro de episódios semelhantes no passado.