Nesta sexta-feira, (9) o presidente Jair Bolsonaro (PL) encontrou com apoiadores pela primeira vez após as eleições de 2022, que deram a vitória a seu opositor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde a divulgação do resultado, ele realizou poucas presenças públicas e deixou de lado suas tradicionais lives nas redes sociais, focando exclusivamente em eventos oficiais.

Foram 40 dias de reclusão para o público, apesar do atual presidente ter continuado a trabalhar de forma interna. No gramado próximo ao Palácio Alvorada, em Brasília, Bolsonaro ouviu manifestantes que demonstraram apoio ao político e entoaram gritos.

Na declaração, Bolsonaro voltou a falar a apoiadores em tom de ameaça ao afirmar que as Forças Armadas devem, assim como ele, lealdade ao povo ao contestar o resultado das urnas. “Devo lealdade a todos os brasileiros. Ao longo de quatro anos, nós despertamos o patriotismo no Brasil. O povo voltou a admirar a sua bandeira. O povo voltou a acreditar que o Brasil tem jeito. Não é fácil você enfrentar todo o sistema. A missão de cada um de nós não é criticar, é unir. Muitas vezes, vocês têm informações que não procedem. Pelo cansaço, pela angústia, pelo momento, passam a criticar. Tenho certeza, entre as minhas funções garantidas pela Constituição, é ser o Chefe Supremo das Forças Armadas”, disse.

“As Forças Armadas são essenciais em qualquer país do mundo. Sempre disse, ao longo destes quatro anos, que as Forças Armadas são o último obstáculo para o socialismo. As Forças Armadas, tenho certeza, estão unidas. As Forças Armadas devem, assim como eu, lealdade ao nosso povo, respeito à Constituição e são um dos grandes responsáveis pela nossa liberdade”, discursou.

Bolsonaro acrescentou ainda que decisões que passam pela sociedade são difíceis e por isso devem ser bem trabalhadas. “Se algo der errado porque eu perdi a minha liderança, eu me responsabilizo pelos meus erros. Mas peço a vocês, não critiquem sem ter certeza absoluta do que está acontecendo”, acrescentou.