O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (3) que ele e a filha Laura, menor de idade, não se vacinaram contra a Covid-19, e negou “adulteração” em cartões de vacinação.
Bolsonaro foi alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal. Ele teve o celular apreendido. O aparelho da ex-primeira dama Michelle não foi apreendido. Ela foi vacinada em 2021, quando viajou para os Estados Unidos.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dentro do inquérito das milícias digitais que tramita na Corte. Os policiais também prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, e outros cinco suspeitos ligados ao político.
“Não tomei a vacina. Nunca me foi pedido cartão de vacina [para entrar nos EUA]. Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso. Havia gente que me pressionava para tomar, natural. Mas não tomava, porque li a bula da Pfizer”, disse o ex-chefe do Executivo a jornalistas.
A operação investiga se Bolsonaro e os outros envolvidos inseriram informações falsas no sistema do Ministério da Saúde para obter um cartão de vacinação com doses que, na verdade, não foram aplicadas. As inserções falsas teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. A falsificação teria como objetivo garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando as regras de vacinação obrigatória tomadas diante da pandemia de Covid-19.
O ex-presidente Jair Bolsonaro se pronunciou após a operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira. O político nega ter adulterado o cartão de vacinação e afirma que não tomou a vacina contra a covid-19. pic.twitter.com/5WoC8WvK4q
— Correio Braziliense (@correio) May 3, 2023