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Braga Netto fez ameaça e condicionou eleições ao voto impresso, diz jornal
22/07/2021 / 12:18
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No último dia 8, uma quinta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), recebeu um duro recado do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, por meio de um importante interlocutor político. O general pediu para comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável. Ao dar o aviso, o ministro estava acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, no mesmo dia, em conversa com apoiadores transmitida nas redes sociais, que só haveria eleições em 2022 no Brasil “se elas fossem limpas”, reforçando seu discurso a favor do voto impresso.

Na ausência de provas, o Presidente reiterou que o atual sistema eletrônico é vulnerável a fraudes e é necessário implementar o voto impresso. A insinuação infundada é a de que poderia haver fraude nas atuais urnas para derrotá-lo no ano que vem.

Ainda de acordo com O Estado de S. Paulo, Arthur Lira acreditou que a notícia era uma ameaça de golpe de Estado e buscou o diálogo com Bolsonaro. De acordo com as reportagens segundo relatos, respondeu que não embarcaria em rupturas institucionais e não admitiria golpes.

No encontro, publica o jornal, o presidente repetiu que “respeitava as quatro linhas da Constituição” e nunca defendeu golpe, mas Lira reafirmou que o recado enviado a ele tinha sido muito claro.

No dia 10 de julho, em meio à tensão pelas declarações públicas de Bolsonaro sobre as eleições, o presidente da Câmara escreveu uma mensagem no Twitter dizendo que as instituições não se abalariam com “declarações públicas ou oportunismo”, mas não fez referências diretas.

Fonte: UOL e Estadão