A Polícia Federal indiciou 16 pessoas por envolvimento em suposto esquema de pirâmide financeira após a conclusão do relatório que investiga a empresa de criptoativos Braiscompany.
Além dos donos da empresa, Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos, foram indiciados Gesana Rayane Silva, Fernanda Farias Campos, Flávia Farias Campos, Clelio Fernando Cabral do O, Mizael Moreira Silva, Marcos Avelino dos Santos, Vitor Hugo Lima Duarte, Sabrina Mikaele Lima, Felipe Guilherme Silva Souza, Fabiano Gomes da Silva e Deyverson Rocha Serafim, Eluyllo Weslwy Lima Queiroz, Paulo Roberto Araújo dos Santos e Artur Barbosa da Silva.
O relatório é assinado pelo delegado da PF Victor de Arruda Oliveira. A denúncia formal ainda não foi realizada e os citados são considerados investigados, não réus.
O casal dono da empresa, Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias, está foragido desde fevereiro, quando foi deflagrada a primeira fase da operação “Halving”. As suspeitas da PF são de que os dois tenham deixado o Brasil através da fronteira com a Argentina, usando o passaporte de parentes. Fabrícia teria usado o da irmã, Fernanda Farias. Já Antônio Neto teria usado o passaporte de Felipe Guilherme, esposo de Fernanda.
Na última semana, a PF, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrou a operação “Trade-Off” com o objetivo de combater lavagem de dinheiro decorrente de crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais em tese cometidos por sócios e colaboradores da empresa especializada em criptoativos. Foi a 4ª fase da operação Halving, que também contou com ordem judicial para indisponibilidade de bens no valor de R$ 136 milhões em nome dos investigados.
De acordo com a PF, nos últimos 4 anos a Braiscompany movimentou valores equivalentes a aproximadamente R$ 2 bilhões em criptoativos.