O Brasil registrou um déficit comercial com os Estados Unidos pelo décimo mês consecutivo em outubro, conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC). As exportações para os EUA totalizaram US$ 2,21 bilhões, uma queda significativa de 38% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em contrapartida, as importações de produtos americanos aumentaram 9,6%, alcançando US$ 3,97 bilhões. Com isso, o saldo comercial ficou negativo em US$ 1,76 bilhão.

Essa deterioração nas transações comerciais ocorre em meio ao tarifaço implementado pelo presidente Donald Trump. O último superávit do Brasil com os EUA foi registrado em dezembro do ano passado, totalizando US$ 468 milhões.

No acumulado de janeiro a outubro de 2023, o déficit com os Estados Unidos ultrapassa US$ 7 bilhões, um aumento superior a 400% em comparação ao mesmo período de 2022, quando o déficit era de aproximadamente US$ 1,38 bilhão.

Apesar da queda nas exportações para os EUA, o Brasil conseguiu aumentar suas vendas para outros grandes parceiros comerciais, como China (+33,4%), Europa (+7,6%) e Mercosul (+14,3%).

Quando analisadas as transações comerciais com todos os países, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 6,96 bilhões em outubro, um aumento de 70% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este é o melhor resultado para o mês de outubro desde 2023, quando o superávit foi de US$ 9,18 bilhões.

Em termos gerais, as exportações totais em outubro somaram US$ 31,97 bilhões, com um aumento de 9,1% na média diária, enquanto as importações totalizaram US$ 25 bilhões, com uma leve queda de 0,8% na média por dia útil. No acumulado do ano, o saldo comercial permanece positivo em US$ 52,4 bilhões, embora tenha registrado uma queda de 16,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.