As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, que foram presas na Alemanha após terem as malas trocadas por bagagem com droga, serão indenizadas pelo estado europeu. A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (5) pela advogada das brasileiras, Chayane Kuss de Souza.
“Existe uma decisão que determinou que o estado alemão tem o dever de indenizar a Jeanne e a Kátyna pelos danos e por todos os prejuízos ocorridos no tempo em que ficaram presas e em decorrência da prisão injusta”, explica a advogada.
A advogada ainda explicou que a decisão é da semana passada e deve transitar em julgado nesta quinta-feira (7). Ela ainda acredita que não haverá nenhum tipo de recurso por parte do Ministério Público, já que o próprio pediu a absolvição delas e entende que a prisão foi injusta.
“Nós estamos muito confiantes e felizes. É um passo muito importante. É o primeiro passo e o segundo passo é comprovar todos os atos e as omissões que geraram danos e qual será o valor que será indenizado para elas”, afirma Chayane.
O sonho de Jeanne e Kátyna, de viajarem 20 dias pela Europa, acabou em prisão por tráfico internacional de drogas em 5 de março de 2023, horas antes de desembarcarem em Berlim, na capital da Alemanha, o primeiro país que as goianas queriam conhecer. Elas chegaram a contar que foram maltratadas pela polícia alemã.
A prisão do casal em Frankfurt, a última conexão que faria antes de Berlim, motivou uma operação da Polícia Federal de Goiás para descobrir o que aconteceu com as malas que foram despachadas em Goiânia e nunca chegaram ao país europeu. Em abril, a Polícia Federal descobriu que as etiquetas das malas foram trocadas no Aeroporto de Guarulhos (SP). Os suspeitos do crime foram presos.
Após passarem 38 dias presas, a duas voltaram para Goiânia. Um vídeo mostra Jeanne e Kátyna bastante emocionadas ao reencontrarem os familiares. Em dezembro, a Justiça da Alemanha inocentou as brasileiras.