A Boa do Brejo, consolidada não só região da Paraíba, mas em todo território brasileiro e até, internacionalmente, não para de ser destaque nos concursos arrebatando mais títulos na galeria dos admiradores da bebida de alambique. Ela, que em 2021 foi ouro na categoria Cristal, no Concours Mondial de Bruxelles, agora em setembro de 2023, no mesmo concurso, desta vez realizado em Treviso no norte da Itália, voltou ao topo das melhores do mundo, conseguindo a medalha de ouro nas categorias Umburana, Carvalho – edição especial limitada – e na Jequitibá Rosa, além de prata na Cristal.
Em 2023, a Boa do Brejo começou conquistando diversos prêmios em concursos brasileiros. Semana passada, no Concurso de Vinhos e Destilados do Brasil, a Cristal, a Bálsamo e Jequitibá Rosa foram Medalhas de Prata. Ano passado, a Castanheiro conseguiu a prata, também neste mesmo concurso. Já a bálsamo iniciou o ano ganhando medalha de Mérito Sensorial na ExpoCachaça, evento realizada em Belo Horizonte.
Além de ser destaque como melhor cachaça do mundo, não só na categoria Cristal, mas agora, também, medalha de ouro nas categorias Umburana, Carvalho e na Jequitibá Rosa, títulos concedido no Concours Mondial de Bruxelles, um dos mais rigorosos e reconhecidos, internacionalmente pela independência e rigor no processo de degustação, toda família Boa do Brejo também tem uma capacidade físico-química e microbiológica incomparável com as demais existentes no mercado brasileiro.
A Cristal por exemplo, se destaca por ser limpa, saudável e sem concentração de metais pesados a exemplo do cobre, chumbo e do carbamato de etila, compostos cancerígenos. Quem atesta é o Laboratório paulista Biomade Soluções Biotecnológicas, conveniado com o Ministério da Agricultura.
Nas análises de cachaças a acidez permitida pode chegar até 150 mg/100 ml em ácido acético. A Boa do Brejo surpreende e apresenta 20 mg/100 ml. O resultado da acidez volátil para a cachaça é um indicativo de possíveis problemas relativos à fabricação, a exemplo do controle do tempo e temperatura.
É por esse e outros motivos que o empresário Cícero Ricardo, idealizador da Boa do Brejo faz questão de presar pela qualidade. “A seleção criteriosa já começa na colheita da matéria-prima e segue nas demais práticas tecnológicas, nas operações unitárias envolvidas no processamento, na destilação e no envelhecimento”, observou o empresário, acrescentando que a Boa do Brejo é diferenciada e já caiu no gosto popular.
A cachaça Boa do Brejo também ocupa lugar de destaque na cultura brasileira, imortalizada no livro ‘200 ANOS – 200 CACHAÇAS’, uma obra literária, lançada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em comemoração ao bicentenário da independência do Brasil.
A obra literária é bilíngue (português e inglês) e traz a história da cachaça, linha do tempo, um manual de degustação e a evolução do mercado da cachaça contada por meio de uma lista com 200 rótulos.
O livro está disponível para download gratuito no site do Mapa
https://www.gov.br/agricultura Alguns exemplares são distribuídos em eventos do setor e
feiras de negócios organizadas pelo Governo Federal no exterior, bem como em
embaixadas do Brasil.
Após ganhar a medalha de ouro, na categoria cristal, no 21º Concours Mondial de Bruxelles, deste lote campeão, foi reservado uma quantidade de cachaça para armazenamento em barris de 200 litros de carvalho europeu e americano, que descansou e maturou por três anos e dois meses.
Após a abertura dos barris, em 10 de abril de 2023, observou-se que a cachaça Boa do Brejo – Carvalho – era dotada de sabor ímpar, macio frutado e levemente amadeirado, com aromas irresistíveis de baunilha, frutas secas, figos e mel. E foi por essa razão que o primeiro lote foi destinado a uma reserva especial, com apenas três mil garrafas de 750 ml, devidamente numeradas e com autenticidade certificada pelo fabricante.
A Cachaça Boa do Brejo é produzida no Engenho São Pedro, zona rural de Areia/PB e tem como Mestre Alambiqueiro o Advogado Cícero Ricardo, que adquiriu o Engenho em 2017 e iniciou o processo de modernização dos equipamentos e instalações, seguindo todo protocolo legal e sanitário.
Paralelamente, foi escolhida a variedade ideal da cana-de-açúcar e definida as áreas de plantio. Após a conclusão de toda reforma, da colheita, das autorizações do Ministério da Agricultura, da Sudema e do Ibama, finalmente, foi reinaugurado e começou a funcionar na safra 2019/2020, com uma produção de 60 mil litros de cachaça de excelente qualidade, onde se utiliza apenas o “coração” da cana-de-acúcar, desprezando as frações da “cabeça” e da “cauda”, conferindo uma qualidade inigualável com sabor extremamente macio e suave.
Cícero Antas Cordeiro, nasceu no sítio espinheiro, zona rural de Princesa Isabel/PB, em 15 de outubro de 1936. Menino da roça, que a despeito de todas as dificuldades, queria estudar, mas para isto, tinha que ir todos os dias a pé, por muitos anos, até a longínqua cidade de Princesa Isabel.
Em 1962 mudou-se para João Pessoa, onde morou na capital paraibana na casa do estudante, sempre alimentando o sonho de um dia se tornar médico. Em 1963, com muito sacrifício e estudo, passou no vestibular da UFPB para o curso de medicina, onde se formou em 20 de dezembro de 1969, aos 33 anos de idade. A parti daí, ele retornou a terra natal para clinicar, onde se dedicou a tratar da saúde dos mais carentes, até o dia em que morreu, em dois de outubro de 2004.
“Obrigado meu pai pelas tantas lições, pela amizade e pelo cuidado que sempre teve com nossa família. Meu pai não nos deixou herança patrimonial, mas nos deixou como diretrizes a educação, a honestidade, o trabalho, a dignidade e a fé em Deus”, observou Cícero Ricardo, por enquanto, proprietário e mestre alambiqueiro da cachaça Boa do Brejo.
O Engenho São Pedro está localizado na cidade de Areia (PB), numa tríplice fronteira, entre os municípios de Areia, Pilões e Alagoinha. É aberto à visitação, com a condição de se respeitar o meio ambiente e as normas internas de segurança.
Contato @oficialboadobrejo