Geraldo Alckmin, que sempre combateu as políticas petistas e foi um dos críticos mais severos dos desvios éticos do partido, agora tenta estancar os efeitos colaterais das articulações que podem transformá-lo no vice da chapa de Lula na corrida ao Palácio do Planalto, com a ideia de que vai ajudar a compor uma grande aliança democrática para derrotar Jair Bolsonaro.
Mas isso não tem impedido críticas de antigos companheiros e questionamentos a respeito da nova postura. No séquito que o acompanhou por décadas, a maioria é composta de políticos que foram adversários da esquerda durante toda a carreira.
Muitos não estão dispostos a defender Lula apenas em nome da velha amizade (nos bastidores, o comentário é que apoiar o PT em 2022 é o equivalente a decretar o enterro oficial do PSDB).
A quem o procura para ouvi-lo sobre eleições, Alckmin tem demonstrado que está ciente dessa dificuldade — e não pede nenhum compromisso. “Fiquem liberados, vocês decidem o que querem fazer, ainda estou decidindo meu futuro”, tem dito ele a pessoas próximas.
Informações: Veja