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Carcinoma de células escamosas: entenda o câncer de pele diagnosticado em Bolsonaro
17/09/2025 / 20:41
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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi diagnosticado com carcinoma de células escamosas “in situ”, um tipo de câncer de pele superficial e localizado. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (17) pelo Hospital DF Star, em Brasília, após a realização de exames para avaliar lesões suspeitas.

O carcinoma de células escamosas é um dos tipos mais comuns de câncer de pele. Na forma “in situ”, a doença ainda está restrita à camada mais superficial da pele e não conseguiu penetrar nos tecidos mais profundos do organismo. Por isso, as chances de cura são consideradas altas.

Segundo a oncologista Gabrielle Scattolin, da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, a lesão é classificada como pré-maligna. “O carcinoma de células escamosas in situ precisa ser tratado com remoção cirúrgica, mas as chances de cura são de 100% se for completamente removido”, explica.

Principais características

Esse tipo de câncer costuma aparecer em forma de manchas ou feridas avermelhadas, que podem lembrar dermatite ou psoríase. O fator de risco mais associado é a exposição contínua à radiação ultravioleta (UV), seja do sol ou de câmaras de bronzeamento. Pessoas de pele clara apresentam maior vulnerabilidade devido à menor quantidade de melanina, pigmento que protege contra os efeitos nocivos da radiação solar.

De acordo com a dermatologista Thaís Bello, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a vigilância deve continuar mesmo após a retirada da lesão. “Esse tipo de carcinoma geralmente surge em quem se expôs demasiadamente ao sol ao longo da vida, e não apenas na área onde foi detectado. Por isso, há risco de novos casos”, alerta.

Prognóstico

Na maioria das situações, o tratamento envolve a remoção cirúrgica da área afetada. Quando feito precocemente, o prognóstico é considerado excelente. O risco maior está nos casos em que a lesão não é tratada: a doença pode evoluir e invadir tecidos mais profundos, tornando-se mais agressiva.

Prevenção

Especialistas reforçam que a prevenção é fundamental. Medidas como usar protetor solar diariamente, evitar exposição solar entre 11h e 15h, além de adotar chapéus e roupas adequadas, reduzem o risco de surgimento da doença. Também é importante observar sinais incomuns na pele, como manchas, pintas ou feridas que não cicatrizam, e procurar avaliação médica.

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*com informações do Metrópoles