O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), além do bloqueio de seus bens e inclusão de seu nome na lista da Interpol. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República, feito após a parlamentar deixar o país menos de um mês após ser condenada a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do CNJ com auxílio do hacker Walter Delgatti.
Zambelli está atualmente na Flórida (EUA) e pretende seguir para a Europa, onde tem cidadania italiana. Moraes justificou a medida afirmando que a deputada tenta descredibilizar as instituições brasileiras e atacar o Estado Democrático de Direito.
O bloqueio abrange salários, contas bancárias, imóveis, veículos, embarcações e aeronaves. As redes sociais também foram notificadas para excluir os perfis da parlamentar em até duas horas. Caso ela publique novamente, será aplicada multa diária de R$ 50 mil.
A Defensoria Pública da União foi nomeada para representar Zambelli, após seus advogados abandonarem a defesa.
Além da condenação por invasão ao sistema do CNJ, Zambelli enfrenta outros processos. Em março, o STF formou maioria para condená-la a cinco anos de prisão por porte ilegal de arma, após ela sacar uma pistola contra um homem durante a campanha de 2022. Em janeiro, teve o mandato cassado pelo TRE-SP por desinformação eleitoral, ficando inelegível por oito anos.
Zambelli nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição política.