O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) divulgou, nesta sexta-feira (12), um vídeo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece dormindo e apresentando episódios de soluços. A gravação foi publicada nas redes sociais e acompanhada de um texto no qual o parlamentar afirma que a situação ocorreu antes da prisão do pai.

Segundo Carlos, Bolsonaro “precisa de cuidados especiais 24 horas por dia” e sua condição de saúde estaria piorando. Ele também afirma que há episódios “muito mais graves” do que os registrados no vídeo e que representariam risco real à vida do ex-presidente.

A publicação ocorre em meio à insatisfação de familiares e aliados sobre as condições da sala onde Bolsonaro está preso, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. O espaço — de cerca de 12 m² — possui cama, televisão, mesa de trabalho, ar-condicionado, frigobar e banheiro reservado, e foi preparado previamente para receber autoridades detidas.

Apoiadores, no entanto, relatam desconforto com o tamanho reduzido e com problemas estruturais, como o barulho constante de um gerador. A defesa também aponta ausência de equipe médica fixa no local e levou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) ao pedir a transferência do ex-presidente.

O STF avalia a possibilidade de enviar Bolsonaro para o 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido como “Papudinha”, onde já estão custodiadas outras autoridades, como o ex-ministro Anderson Torres. O espaço é maior — cerca de 60 m² — e conta com estrutura mais ampla, incluindo cozinha, sala, quarto, banheiro, quintal, lavanderia, TV, ventilador e equipe médica do sistema penitenciário do Distrito Federal.

Relatos enviados à CNN Brasil indicam que o ministro Alexandre de Moraes considera a transferência, mas aguarda uma nova perícia médica. A defesa afirma que Bolsonaro enfrenta uma crise persistente de soluços e precisaria de intervenção cirúrgica, porém os exames apresentados são antigos. A nova avaliação deve orientar a decisão sobre uma possível mudança de unidade.

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*com informações da CNN